O que é o metaverso e onde cripto se encaixa

O metaverso possibilita que as conexões entre os mundos financeiro, virtual e físico fiquem cada vez mais interligadas

Bloomberg Línea
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O metaverso é um conceito de universo online 3D que combina diversos ambientes virtuais na internet, no qual ocorrem interações, seja por meio de jogos, relações de trabalho, negócios, ou apenas para socializar. A própria palavra significa “além do universo”, e atualmente presenciamos uma crescente permeabilidade das fronteiras entre os diferentes ambientes digitais e o mundo físico.

Ao viabilizar uma vida virtual que inclua o consumo de bens e serviços, o metaverso precisa também proporcionar soluções seguras para comprovação de propriedade. É fundamental garantir a segurança ao transferir itens, bens e dinheiro pelo metaverso. Já que o metaverso vem se tornando uma parte tão relevante da Web3, nessa nova revolução da tecnologia e da internet, é lá que usuários também deverão desempenhar um papel nas tomadas de decisões.

Como o setor cripto se encaixa no metaverso?

As criptomoedas são uma solução muito utilizada nos metaversos. Elas permitem a criação de uma economia digital com diferentes tipos de tokens de utilidade e colecionáveis virtuais (NFTs). O metaverso também se beneficia do uso de carteiras de criptomoedas, como a Trust Wallet e a MetaMask. Além disso, a tecnologia blockchain pode fornecer sistemas de governança transparentes e confiáveis.

Os jogos, por exemplo, fornecem o aspecto de interatividade ao metaverso, mas não cobrem tudo o que é necessário, em um mundo virtual, para abranger todos os aspectos da vida. Já a tecnologia blockchain fornece soluções descentralizadas e transparentes para esses diferentes universos, como prova digital de propriedade, recursos de transferência de valores, governança e acessibilidade.

Os desenvolvedores de blockchain acabam por influenciar, dessa forma, o mundo dos jogos e videogames, uma vez que muitos deles usam criptomoedas e blockchain para oferecer mais interatividade entre o mundo real e virtual. Como é o caso da gamificação, que pode ser entendido como a aplicação das estratégias dos jogos nas atividades do dia a dia, com o objetivo de aumentar o engajamento dos participantes.

Em um contexto além das criptomoedas, podemos dizer que o metaverso já está presente em diversos setores do mercado e presente na vida de muitas pessoas. Isso porque muitas empresas e personalidades já colocaram seus produtos e serviços dentro desta nova plataforma, proporcionando experiências exclusivas e diferenciadas à sociedade.

Ao explorarmos exemplos reais inseridos no metaverso, podemos citar:

  • Recentemente o jogo Fortnite juntamente com a cantora pop Ariana Grande, forneceram uma experiência imersiva aos jogadores, os quais ao chegarem a um ponto do jogo, poderiam participar com seus avatares de uma apresentação da cantora e interagirem como se todos estivessem presentes nos cenários dos jogos.

Não é a primeira vez que o jogo faz algo do tipo. Em outras ocasiões, marcas famosas usaram a plataforma para lançar produtos e até a exibição de filmes e outros shows.

  • O grupo musical pop ABBA, que foi sucesso na década de 70, mas que havia terminado e há 40 anos não realizava um show, fará uma apresentação chamada ABBA Voyage, em um espaço para 3000 pessoas, mas eles não estarão fisicamente lá.

Dezenas de câmeras, sensores, softwares de renderização 3D e potentes computadores, se encarregam de produzir imagens holográficas do quarteto e sob a aparência que eles tinham quando pararam, para os fãs que forem ao show.

  • Pilotos de equipes de fórmula 1, como a Mercedes e Ferrari, fazem uso de simuladores que colocam os pilotos em situações muito próximas da realidade de qualquer pista de corrida, mas dentro das instalações das equipes.
  • Outras gigantes conhecidas, como a Nvidia, Microsoft, Google e Facebook, estão desenvolvendo tecnologias envolvendo hardware e software e que permitirão criar seus próprios metaversos.
  • No caso do Facebook, recentemente veio até mesmo o anúncio da mudança de nome da empresa que controla o Facebook, Instagram e WhatsApp e que agora, chama-se Meta e ostenta um logo que simboliza o infinito.

Assim como qualquer outra tendência de tecnologia, o Metaverso exige uma avaliação cautelosa para encontrar a melhor forma de utilizá-lo.

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