Mercados sobem com fim da quarentena na China e perspectiva de trégua da inflação

Na volta do feriado, investidores acompanham os reflexos da reabertura da economia chinesa e monitoram geopolítica

Estes são os eventos que orientam os investidores hoje
Por Bianca Ribeiro - Michelly Teixeira
27 de Dezembro, 2022 | 06:54 AM

Barcelona, Espanha — A perspectiva de reaquecimento da economia na China e o recuo da inflação do consumo pessoal nos Estados Unidos sustentam o ânimo dos investidores no retorno do feriado de Natal. O sinal positivo se vê tanto nos mercados europeus e como nos norte-americanos.

Na Ásia, as bolsas subiram no Japão e na China com investidores mais otimistas sobre o fim da quarentena chinesa, enquanto o índice Hang Seng seguiu fechado pelas festividades de fim de ano. No mercado acionário europeu o sinal também era azul, assim como nos índices futuros dos Estados Unidos. O Bitcoin operava com alta modesta.

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No mercado de dívida, a rentabilidade dos títulos norte-americanos com vencimento em 10 anos apontava há pouco alta de 6 pontos a 3,74%. O dólar se depreciava pouco ante outras divisas, enquanto euro e libra mostravam ligeira valorização.

→ O que move os mercados hoje

🇨🇳 Sem quarentena. As medidas de quarentena para viajantes na China terminam no dia 8 e Pequim anunciou que não divulgará mais os números diários de infectados por covid. Embora haja inquietude sobre os efeitos de contágios massivos no país, a expectativa é de que o fim das restrições resulte em avanço econômico daqui para frente.

🇯🇵 Do lado oposto. O Japão passará a exigir resultados negativos de testes de covid para os viajantes vindos da China a partir do próximo dia 30 e as pessoas com resultados positivos terão que ficar em quarentena por uma semana.

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→ Leia também o Breakfast, a newsletter matinal da Bloomberg Línea: A visão de quem administra fortunas

❄️ Inverno em modo ON. As cotações dos contratos futuros do petróleo se recuperam: o WTI era negociado esta manhã perto dos US$ 80, não só pela perspectiva de aumento da demanda com a reabertura chinesa, mas também pela queda das temperaturas nos EUA, onde as duas maiores refinarias fecharam devido ao frio congelante.

🛑 Alertas geopolíticos. Em resposta inédita, a Coreia do Sul enviou drones através do espaço aéreo da Coreia do Norte, após o regime de Kim Jong Un despachar cinco drones ao país na segunda-feira. Além disso, hoje o Conselho de Segurança dos EUA emitiu nota informando que o país está preocupado com os exercícios militares da China perto de Taiwan, em atividade classificada de “desestabilizadora”.

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Os mercados esta manhã
🟢 As bolsas ontem (26/12): Fechadas por feriado tanto na Europa como nos Estados Unidos. Ibovespa (-0,88%)

Enquanto os mercados norte-americanos e europeus estiveram fechados pelo feriado de Natal, a bolsa brasileira operou com baixa liquidez e fechou no negativo, com investidores mais cautelosos antes do retorno nas demais praças financeiras. De todo modo, a perspectiva de retomada da economia chinesa com o fim da quarentena ajudou a conter as perdas.

Saiba mais sobre o vaivém dos Mercados e se inscreva no After Hours, a newsletter vespertina da Bloomberg Línea com o resumo do fechamento dos mercados.

Na agenda

Esta é a agenda prevista para hoje:

Feriado: Reino Unido, Canadá, Hong Kong, Austrália

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EUA: Índice de Preços de Imóveis/Out, Estoques do Atacado e no Varejo, Balança Comercial/Nov, Índice de Atividade-Fed Dallas/Dez

Ásia: Japão (IPC, Encomendas à Construção/Nov, Produção Industrial/Nov)

América Latina: Brasil (Empréstimos Bancários/Nov)

📌 Para a semana:

Quarta-feira: EUA (Índice Redbook); Ata de política monetária do BoJ; Brasil (Índice CAGED de Evolução do Emprego/Nov); México (Taxa de Desemprego/Nov)

Quinta-feira: EUA (Pedidos Iniciais de Seguro-Desemprego); Zona do Euro (Empréstimos ao Setor Privado); Brasil (IGP-M/Dez); BCE publica boletim econômico

Sexta-feira: Feriado (Brasil, Reino Unido, Austrália); Espanha (IPC/Dez)

(Com informações da Bloomberg News)

Bianca Ribeiro

Bianca Ribeiro

Jornalista especializada em economia e finanças, com passagem por redações e veículos focados em economia, como Valor Econômico, Agência Estado e Folha de S.Paulo.

Michelly Teixeira

Jornalista com mais de 20 anos como editora e repórter. Em seus 13 anos de Espanha, trabalhou na Radio Nacional de España/RNE e colaborou com a agência REDD Intelligence. No Brasil, passou pelas redações do Valor, Agência Estado e Gazeta Mercantil. Tem um MBA em Finanças, é pós-graduada em Marketing e fez um mestrado em Digital Business na ESADE.