:quality(75)/cloudfront-us-east-1.images.arcpublishing.com/bloomberglinea/ROQJISIXDFGUHKYJ3DTR2CDAHU.jpeg "Leitura de manifestos em defesa da democracia reuniu uma multidão na Faculdade de Direito da USP, em São Paulo")
Bloomberg Línea — Um ato em defesa da democracia e do sistema eleitoral reuniu juristas, empresários, artistas e movimentos sociais e sindicais nesta quinta-feira (11) em São Paulo. Eles lançaram um manifesto na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), com atos paralelos espalhados pelo país.
Outro documento, intitulado “Em defesa da Democracia e da Justiça” e articulado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), também foi lido ao público durante o ato.
O responsável pela leitura foi José Carlos Dias, ex-ministro da Justiça do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Dias é advogado formado pela Faculdade de Direito da USP do Largo São Francisco.
O documento da Fiesp foi endossado por pelo menos 107 entidades.
Já a “Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito”, elaborada por ex-alunos e pela direção da Faculdade de Direito da USP, foi lida pela professora da Faculdade de Direito Eunice de Jesus Prudente, pela professora da faculdade de Direito da USP Maria Paula Dallari e pelo ex-ministro do Tribunal Superior Militar Flávio Flores da Cunha Bierrenbach, além da professora e vice-diretora da Faculdade de direito da USP, Ana Elisa Bechara.
“Se em algum momento a democracia estiver em risco, nos juntaremos para dizer que este país tem memória”, dizia um trecho do documento.
Os manifestos são uma reação de diferentes organizações da sociedade civil aos recentes discursos do presidente Jair Bolsonaro (PL) com questionamentos ao sistema eleitoral brasileiro e à sua confiabilidade e acontecem a pouco menos de dois meses do primeiro turno das eleições.
Seus organizadores disseram que os movimentos têm caráter suprapartidário.
Bolsonaro vem alegando a existência de supostas fraudes no sistema eleitoral. O presidente e membros do governo não se pronunciaram até o momento sobre os atos.
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