Big techs sob os holofotes do mercado

Também no Breakfast: Investidores embolsam ganhos, mas parecem mais confiantes; Entenda o anúncio sobre a política de preços da Petrobras e Geração Z da América Latina impulsiona usuários do Spotify

Tempo de leitura: 4 minutos

Bloomberg Línea — Bom dia! Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças.

A semana é das big techs. Após números fortes da Alphabet (GOOGL), dona do Google, e da Microsoft (MSFT) impulsionarem os ganhos da Nasdaq - que ontem fechou com mais de 4% de alta -, o balanço da Meta (META) pode arrefecer a animação dos investidores.

A dona do Facebook, Instagram e WhatsApp divulgou a primeira queda de receita desde que a empresa abriu capital na bolsa, 10 anos atrás. Além disso, as projeções para o terceiro trimestre, divulgadas depois do fechamento dos mercados, ficaram aquém do esperado.

A publicidade tem sido um grande desafio para as empresas de tecnologia. Os ventos contrários na macroeconomia encolhem o orçamento dos anunciantes, deixando a Meta e seus pares competindo por fatias cada vez menores do bolo. Somado a isso, as regras de privacidade da Apple (AAPL) tornaram os anúncios no Facebook e no Instagram menos eficazes.

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Essa desaceleração nos gastos com publicidade atingiu alguns concorrentes mais do que outros. No caso do Google, as vendas de anúncios subiram, especialmente no mecanismo de busca, onde os profissionais de marketing pagam por publicidade de resposta direta. Mas Snap (SNAP) e Twitter (TWTR) lutaram para atingir as metas de vendas e a receita do Twitter caiu.

O balanço da companhia de Mark Zuckerberg alimenta a ansiedade em torno das últimas big techs a divulgarem seus resultados financeiros, hoje: Apple e Amazon (AMZN).

Leia sobre a primeira queda de receita da história da dona do Facebook e como o grupo quer driblar a perda de receita com publicidade digital.

A receita da Meta foi de US$ 28,8 bi no segundo trimestre, aquém da estimativa média de analistas para US$ 28,9 bi.dfd

Na trilha dos Mercados

Há uma queda de braço em curso. De um lado, uma melhora no pano de fundo dos mercados acende o ímpeto comprador. De outro, a forte alta em Wall Street ontem motiva os investidores a embolsar parte dos ganhos. A safra de balanços e indicadores macroeconômicos (destaque para o PIB norte-americano e a inflação na Alemanha) ajudarão a definir o caminho dos negócios, que no começo da manhã deram vitória à realização de lucros.

Uma vez passada a apreensão quanto ao encontro do Federal Reserve, que ontem aumentou em 0,75 ponto percentual a taxa de juros dos Estados Unidos, os investidores se aferram à percepção de que o cenário está menos sombrio do que antes. Pelo menos por ora.

🏰 Fortaleza empresarial. Apesar do golpe inflacionário, da campanha de aperto monetário ao redor do globo e das incursões das bolsas pelo território de baixa, a temporada de balanços veio para mostrar que boa parte das empresas está mais resistente que o esperado, tanto nos EUA como na Europa.

🍃 Somente um sopro? Os investidores agora confiam, sobretudo depois do discurso do presidente do Fed, que se a economia norte-americana entrar em uma recessão, será de forma suave e de fácil reversão. Ontem, Jerome Powell procurou atenuar o temor de um desaceleração econômica, dizendo que o aumento do emprego nos últimos meses tem sido “robusto”.

Mais detalhes no Radar dos Mercados

Um panorama do começo da manhãdfd
🟢 As bolsas ontem: Dow Jones Industrials (+1,37%), S&P 500 (+2,62%), Nasdaq Composite (+4,06%), Stoxx 600 (+0,47%), Ibovespa ( +1,67%)

Os mercados tiveram uma sessão de fortes ganhos após o Fed subir os juros em 0,75 ponto percentual, para o intervalo de 2,25% - 2,5%, em linha com o esperado. O movimento de aperto monetário, o maior em 40 anos no acumulado das duas últimas reuniões, visa conter a alta desenfreada da inflação. O presidente do Fed, Jerome Powell, disse não descartar outro aumento de igual magnitude na próxima reunião, em setembro. Em Wall Street, o avanço chegou a 4,06% na Nasdaq – na maior alta intradiária desde novembro de 2020.

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No radar

Esta é a agenda prevista para hoje:

EUA: PIB/2T22, Preços do PCE/2T22, Pedidos Iniciais de Seguro-Desemprego, Índice Composto Fed Kansas/Jul

Europa: Zona do Euro (Confiança de Empresas e Consumidores/Jul, Expectativas de Inflação ao Consumidor/Jul); Alemanha (IPC/Jul); Francia (IPP/Jun); Itália (Vendas da Indústria/Mai); Espanha (Vendas no Varejo/Jun, Taxa de Desemprego/2T22, Confiança Empresarial)

Ásia: Japão (Taxa de Desemprego/Jun, IPC/Jul, Produção Industrial/Jun, Vendas no Varejo/Jun)

América Latina: Brasil (IGP-M/Jul, Índice de Evolução de Emprego do CAGED/Jun); México (Taxa de Desemprego/Jun)

Balanços do dia: Samsung, Apple, Amazon, Petrobras, Vale, Mastercard, Nestle, Pfizer, Merck, Thermo Fisher Scientific, L’Oreal, Comcast, Intel, Shell, Linde, TotalEnergies, Sanofi, Honeywell, AB InBev, Volkswagen, Schneider Electric, Air Liquide, Enel, Valero, Santander, EDF, Stellantis, Anglo American, STMicroelectronics, Capgemini, Telefonica, Barclays, PG&E, ArcelorMittal, EDP, BT, Repsol, Roku, First Solar, Hertz

📌 Para amanhã:

Balanços: Sony, Exxon Mobil, Procter&Gamble, Chevron, AbbVie, AstraZeneca, Colgate-Palmolive, BNP Paribas, Eni, Intesa Sanpaolo, LyondellBasell, Engie, BBVA, NatWest, Citrix. Nutresa, Santander Chile, Itaú CorpoBanca

• IPC da Zona do Euro. EUA: Renda do Consumidor, indicador de sentimento de consumo da Universidade de Michigan

Destaques da Bloomberg Línea

Petrobras: entenda o anúncio sobre a política de preços, segundo analistas

André Esteves quer BTG Pactual maior que o Itaú

Twitter apresenta instabilidade nesta quarta-feira

Banco Central é recrutado para salvar Amazônia da mineração ilegal

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• Também é importante: • Spotify: Geração Z da América Latina impulsiona aumento de usuários • Locaweb dispara com resultados de techs americanas; o que dizem os analistas? • Sem crise: Mercedes ainda vê demanda maior que oferta • Auxílio, Copa e Oxxo: como o Carrefour pretende crescer até o fim do ano

• Opinião Bloomberg: Aposta de Zuckerberg no WhatsApp pode não compensar

• Pra não ficar de fora: São Paulo compra jogador argentino e faz pagamento inédito com cripto

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Edição: Michelly Teixeira | News Editor, Europe
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