O Brasil na corrida pelo mercado de carbono

Também no Breakfast: Dados macro de China trazem desconfiança às primeiras operações nos mercados; US$ 11 trilhões e contando: a queda global das ações pode não ter acabado e BlackRock diz que investidores em ações podem ganhar durante a inflação

Tempo de leitura: 3 minutos

Bom dia! Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças.

O Brasil ainda carece de uma regulamentação para a compra e venda de créditos de carbono. Mesmo assim, esse mercado já está em ascensão no país e dá mostras de que há muito espaço para explorar e crescer.

De acordo com um relatório da Fundação Getúlio Vargas (FGV), citando dados do Ecosystem Marketplace, o volume de créditos de carbono gerados no Brasil em 2021 aumentou 236% em relação ao volume produzido em 2020 e 779% frente a 2019.

Isso é possível graças ao mercado de carbono voluntário, um mecanismo de compensação sem vínculos regulatórios formalizado pelo Protocolo de Kyoto, em 1997, que acaba abrindo espaço para o desenvolvimento de projetos que não seriam economicamente viáveis no mercado regulado.

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As regras para a precificação do carbono no Brasil podem ser anunciadas ainda no primeiro semestre deste ano através do Projeto de Lei 528/2021. A proposta, que está pronta para ser votada no Plenário da Câmara, estabelece regras e regulamenta a compra e venda de créditos de carbono no país.

🌳 De acordo com o levantamento da FGV, o Brasil possui posição de destaque na geração de créditos de carbono no mercado voluntário mundial, ocupando a quarta posição em termos de volume de créditos de carbono historicamente gerados, atrás apenas de países como Estados Unidos, Índia e China.

A matéria completa você lê aqui: Como funciona o mercado de carbono no Brasil e por que você precisa saber disso

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Na trilha dos Mercados

Os mercados internacionais dão a largada da semana com uma bateria de dados decepcionantes na China, que reavivam os temores em torno de uma desaceleração econômica global.

🇨🇳 Golpe na economia. As restrições à mobilidade para atender a política da China de Covid zero se fizeram sentir, e com força. A produção industrial no país asiático surpreendeu com uma queda de 2,9% em abril, bem pior do que os +0,5% aguardados pelos analistas. Já as vendas no varejo afundaram 11,1%, bem mais fracas que a baixa de 6,6% projetada pelo mercado. Ao mesmo tempo, na tentativa de minimizar o impacto econômico, o banco central chinês reduziu os juros hipotecários.

📊 A macro do dia. Hoje, além dos dados sobre a economia chinesa, o destaque macroeconômico fica a cargo da Comissão Europeia, que trará à luz suas projeções para a economia do bloco. Nos EUA, está programado o Índice Empire State de Atividade Industrial, que também deve mostrar um descenso.

🔜 Cenas do próximo capítulo. Os dias que se seguem serão de menor intensidade de dados macroeconômicos e empresariais, o que, em tese, poderia dar um respiro às bolsas, sobretudo às dos EUA, que encadeou seis semanas consecutivas de quedas e um saldo acumulado de -11,5% no período.

🌐 No contexto da guerra. No campo geopolítico, a Alemanha planeja parar de importar petróleo russo até o final do ano, mesmo que a União Europeia não chegue a acordo sobre uma proibição em todo o bloco no seu próximo conjunto de sanções, disseram autoridades governamentais. Além disso, Suécia e Finlândia solicitaram sua entrada formal na OTAN para posicionar-se contra a invasão russa.

Leia também: Cinco assuntos quentes para o Brasil na semana

Um panorama dos mercados à primeira horadfd

🟢 As bolsas na sexta-feira: Dow Jones (+1,47%), S&P 500 (+2,39%), Nasdaq Composite (+3,82%), Stoxx 600 (+2,14%), Ibovespa (+1,17%)

Os mercados acionários dos Estados Unidos tomaram um respiro no fechamento da semana e voltaram a subir, com as ações de tecnologia liderando a recuperação. Os aportes em renda variável foram impulsionados pela declaração do presidente do Fed, Jerome Powell, de que “seriam apropriados aumento adicionais de 50 pontos de base nas duas próximas reuniões”, sugerindo que aumentos mais agressivos ainda não estão sobre a mesa.

Saiba mais sobre o vaivém dos Mercados

No radar

Esta é a agenda prevista para hoje:

• EUA: Índice Empire State de Atividade Industrial/Mai; Fluxo Líquido de Capital/Mar

• Europa: Zona do Euro (Projeções Econômicas; Balança Comercial/Mar; Total de Ativos de Reserva/Abr); Alemanha (Índice de Preços por Atacado/Abr)

• Ásia: Japão (Encomendas de Ferramenta Mecânica)

• América Latina: Brasil (Boletim Focus; IBC-Br/Fev; Fluxo Cambial Estrangeiro)

• Bancos centrais: Pronunciamento de John Williams (FOMC/Fed); Fabio Panetta, Philip Lane e François Villeroy (BCE); Joachim Wuermeling, Burkhard Balz e Sabine Mauderer (Bundesbank); Andrew Bailey (BoE)

• Balanços: Ryanair, Take-Two Interactive

Destaques da Bloomberg Línea

• Quanto custa uma cesta básica na América Latina? Venezuela tem 2ª mais cara

• Chamar homens de ‘careca’ é assédio sexual? No Reino Unido, sim

• Índia proíbe exportações de trigo em crescente onda de protecionismo alimentar

• BlackRock diz que investidores em ações podem ganhar durante a inflação

⇒ Essa foi uma pequena amostra do Breakfast, que na versão completa inclui muitas outras notícias de destaque do Brasil e do mundo.

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Edição: Michelly Teixeira | News Editor, Europe