Ibovespa destoa de NY com impasse na Petrobras e dólar vai a R$ 4,59

After Hours: Em dia de alta para o petróleo, mercados repercurtiram ainda aquisição de Musk no Twitter e novas sanções ocidentais à Rússia

After hours
04 de Abril, 2022 | 05:23 PM

Bloomberg Línea — Boa noite! Este é o After Hours - o seu resumo diário do que aconteceu no mercado. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças.

O Ibovespa (IBOV) destoou do exterior e fechou em queda de 0,24%, aos 121.279 pontos, nesta segunda-feira (4). Já o dólar teve mais uma sessão de queda, fechando em R$ 5,59, no menor patamar desde 4 de março de 2020. A moeda vem caindo consecutivamente em meio à entrada de fluxo estrangeiro, que se beneficia do diferencial de juros.

Em um dia sem a divulgação do relatório Focus, do Banco Central, por conta da greve dos servidores, ganhou o holofote do mercado financeiro o impasse sobre o comando da Petrobras (PETR3; PETR4).

Isso porque o empresário Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, comunicou ao governo no domingo (3) que desistiu de presidir o conselho de administração da estatal. Já nesta segunda-feira (4), o economista e consultor Adriano Pires enviou carta ao Ministério de Minas e Energia informando que também desistiu de aceitar o convite do governo para ser CEO da empresa, segundo o jornal O Globo.

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A Assessoria de Comunicação do Ministério de Minas e Energia, ao qual a Petrobras está subordinada, informou à Bloomberg Línea que “o Palácio do Planalto e o Ministério de Minas e Energia não receberam nenhum comunicado oficial do Senhor Adriano Pires nesta segunda-feira”.

Neste contexto, nem a alta de até 4% do petróleo conseguiu segurar os papéis da estatal, que recuaram 1,02% (ON), a R$ 34,87, e 0,94% (PN), a R$ 32,70, na B3.

A commodity que fechou negociada acima dos US$ 100 o barril, recuperou parte das perdas acumuladas na semana passada, quando os Estados Unidos anunciaram uma liberação recorde de reservas de petróleo do país.

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Também recuaram na Bolsa brasileira nesta segunda as ações de CCR (CCRO3), Qualicorp (QUAL3) e Magazine Luiza (MGLU3), que cederam 3,09%, 2,89% e 2,18%, respectivamente.

Já entre os ganhos, destaque para os papéis de Minerva (BEEF3), Marfrig (MRFG3) e Positivo (POSI3), com altas de 3,05%, 2,77% e 2,35%.

Ainda no âmbito doméstico, os mercados aguardam pelos dados da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a serem divulgados nesta semana.

Confira como fecharam os mercados nesta segunda-feira (4):

Cena internacional

No exterior, o movimento foi de alta para as principais bolsas da Europa e dos Estados Unidos, com ganhos da ordem de 2% em Wall Street.

O destaque ficou com os papéis do Twitter (TWTR), que dispararam quase 30% na NYSE após o bilionário e fundador da Tesla (TSLA) Elon Musk anunciar a compra de 9,2% das ações da companhia.

O ganho marcou o maior aumento intradiário da ação desde o primeiro dia de negociação pós-IPO, em 2013. A parcela de Musk equivale a cerca de US$ 2,89 bilhões.

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Também esteve no radar dos mercados novas sanções ocidentais à Rússia, após a Ucrânia encontrar uma vala com centenas de mortos em cidades do norte do país, ocupadas por forças do Kremlin, caso de Bucha, cidade perto de Kiev.

O presidente da Ucrânia Volodymyr Zelenskyy e seus principais assessores pressionaram por uma reunião dos ministros das Relações Exteriores do G-7 nesta semana para aumentar as sanções, inclusive sobre as vendas de gás natural e petróleo.

Zelenskiy disse ao parlamento da Romênia que tem razões para acreditar que o número de vítimas em Bucha é maior do que o relatado anteriormente e afirmou que mais valas comuns podem ser descobertas nos próximos dias.

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Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.