Magnatas russos ficam US$ 8,3 bi mais ricos com retomada dos mercados

Bloomberg — Contra todas as probabilidades e apesar das sanções, os magnatas russos estão recuperando parte de sua riqueza.

Após quase um mês de suspensão, as ações em Moscou subiram, com o índice de referência MOEX Rússia subindo até 12%. Enquanto apenas 33 ações voltaram a ser negociadas, os russos com fortunas vinculadas a elas somaram US$ 8,3 bilhões, de acordo com o Bloomberg Billionaires Index, que acompanha as 500 pessoas mais ricas do mundo.

Dezenas de bilionários russos foram sancionados pela União Europeia e pelo Reino Unido depois que o Kremlin iniciou sua guerra contra a Ucrânia. Alguns tiveram seus bens confiscados nessas jurisdições, e outros correram para transferir a propriedade de suas participações enquanto ainda podiam. Mas para os 10 magnatas cujas ações voltaram a ser negociadas, os avanços estavam aumentando seus ganhos em papel.

Vladimir Potanin, Leonid Mikhelson e Gennady Timchenko aumentaram suas fortunas em mais de US$ 1 bilhão nesta quinta-feira. Timchenko foi sancionado pela União Europeia e pelo Reino Unido - e pelos EUA após a anexação da Crimeia em 2014 - embora Potanin e Mikhelson não.

Os ganhos desta quinta-feira compensaram parcialmente uma queda de 33% em 24 de fevereiro, dia em que a Rússia invadiu a Ucrânia. Antes da interrupção dos mercados, os 23 magnatas que fazem parte das 500 pessoas mais ricas do mundo tinham mais de US$ 316 bilhões em riqueza combinada, uma queda de US$ 58 bilhões no ano.

As 33 ações que voltaram a ser negociadas na bolsa de Moscou tiveram algumas restrições que ajudaram a animar o mercado: os estrangeiros não foram autorizados a descarregar suas participações e as vendas a descoberto foram proibidas.

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