CEO do Hopi Hari descarta risco de falência após União cobrar dívida

Alexandre Rodrigues disse que a companhia ainda está negociando o valor reconhecido dos débitos tributários

CEO do Hopi Hari diz que o parque ainda não tem certidão negativa atestando regularidade fiscal porque ainda está negociando o valor reconhecido de sua dívida
09 de Março, 2022 | 06:56 PM

São Paulo — O CEO do Hopi Hari, Alexandre Rodrigues, disse nesta quarta-feira (9) que o parque temático não corre nenhum risco de falência, após um questionamento da União sobre o pagamento de débitos tributários da ordem de R$ 370 milhões, valor contestado pela companhia.

“Após a aprovação do plano de recuperação judicial ter sido homologado pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, o risco de falência é zero”, afirmou o executivo à Bloomberg Línea.

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No último dia 7 de fevereiro, o juiz Fábio Marcelo Holanda, da Comarca de Vinhedo (interior paulista, sede do parque), homologou o plano de recuperação judicial, aprovado antes pelos credores. A empresa terá um prazo de dois anos para cumprir as obrigações previstas no plano, como o pagamento dos credores.

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Após a decisão do magistrado, a Procuradoria da Fazenda Nacional cobrou a certidão negativa atestando a regularidade fiscal do Hopi Hari sob pena de pedir a falência da empresa. Segundo Alexandre, a companhia ainda não dispõe desse documento, pois ainda está em negociação com as autoridades desde novembro do ano passado sobre o valor reconhecido da dívida, que seria de menos de R$ 170 milhões.

“A procuradora [Juliana Garcia Garibaldi] fez uma petição de 30 páginas, pois não sabia que o Hopi Hari ainda está negociando a redução dos débitos tributários. Ainda hoje vamos protocolar nossa defesa e fazer esse esclarecimento”, justificou o CEO do Hopi Hari, acrescentando que o passivo remete a atos da administração anterior.

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Ele disse que o questionamento da União não afeta o andamento do plano de recuperação judicial nem as operações rotineiras do parque. O CEO afirmou ainda que a companhia tem se recuperado do impacto negativo provocado pela pandemia da covid, que obrigou a suspensão de suas operações nos períodos mais críticos da crise sanitária.

O parque é muito rentável. Agora com o fim da exigência de máscara do público, anunciada hoje pelo governador João Doria, isso ajuda muito, pois a gente deixa de estressar o público cobrando o uso. Isso é uma boa notícia para nossa aposta atual, que é o Hopi Nigh, festa noturna de música eletrônica entre o próximo dia 25 de março e 12 de junho”, disse.

Rodrigues afirmou que o Brooklyn International Group, acionista majoritário do banco de investimentos Whitehall & Company, assumiu o compromisso de investir R$ 150 milhões no parque, durante cinco anos. O advogado André Dantas representa esse investidor, segundo o CEO do parque.

O executivo espera que o público do Hopi Hari aumente no futuro com a melhora da oferta de transporte público pelos municípios para a região onde está instalado e com os investimentos previstos.

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Sérgio Ripardo

Jornalista brasileiro com mais de 25 anos de experiência, com passagem por sites de alcance nacional como Folha e R7, cobrindo indicadores econômicos, mercado financeiro e companhias abertas.