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Bloomberg — Os preços do petróleo caíram e depois se recuperara após a França declarar que os presidentes dos EUA e da Rússia concordaram com uma reunião de cúpula sobre a Ucrânia, oferecendo esperança de um alívio nas tensões que abalaram os mercados de energia.
O West Texas Intermediate (WTI) recuava 2,7%, antes de recuperar a maior parte da queda, depois que os presidentes Joe Biden e Vladimir Putin concordaram com o “princípio” de uma cúpula proposta pelo presidente francês Emmanuel Macron, segundo declarações da Casa Branca. O Kremlin deu uma resposta cautelosa e que não havia “planos concretos” para as negociações.
Os EUA disseram a aliados que qualquer invasão russa poderia ter como alvo cidades além da capital Kiev. Moscou, que negou veementemente planejar uma invasão, disse no fim de semana que suas forças permaneceriam na Bielorrússia indefinidamente.
As tensões em torno da Ucrânia estão agravando um mercado de petróleo em que a demanda ameaça ser maior que a oferta e os spreads de preços apontam para as condições mais apertadas em anos. O CEO do Vitol Group, o maior trader do mundo, disse em entrevista à Bloomberg TV que os preços podem ultrapassar US$ 100 o barril por grandes períodos. Da mesma forma, a Saudi Aramco, maior produtora do mundo, disse que vê bons sinais de que a demanda está aumentando, especialmente na Ásia.
“A preocupação é que, se a tensão no Leste Europeu aumentar ainda mais, parte dessa oferta pode ser interrompida intencionalmente ou impulsionada por divisões políticas”, afetando não apenas a energia, mas outras commodities, disse Giovanni Staunovo, analista de commodities do UBS. “Espero que o mercado continue a reagir de forma sensível.”
Preços do petróleo
- O WTI para entrega em março pouco mudou a US$ 91,08 o barril na Bolsa Mercantil de Nova York
- O Brent para liquidação de abril caía 0,1%, para US$ 93,46 o barril na bolsa ICE Futures Europe.
Macron irá preparar as discussões entre os dois presidentes sobre “segurança e estabilidade estratégica na Europa”, disse o governo francês, com prazo e formato a serem determinados. Biden aceitou a reunião com a condição de que “a invasão não tenha acontecido”, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, em comunicado.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, não descartou a possibilidade de uma reunião presidencial, mas disse que isso é “prematuro”. Em dois telefonemas no domingo, Macron e Putin concordaram em detalhes apenas sobre a continuidade do diálogo no nível de ministros das Relações Exteriores, disse Peskov.
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