Petrobras desiste de vender Polo Urucu para a Eneva

O motivo é que as duas empresas não chegaram a um acordo sobre o preço do ativo

Petrobras desiste de vender Polo Urucu para a Eneva
28 de Janeiro, 2022 | 07:54 PM
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Bloomberg — A Petrobras (PETR4) desistiu de vender para a Eneva (ENEV3) o polo de petróleo e gás de Urucu, na Bacia do rio Solimões (Amazonas), informou a Eneva em fato relevante. O motivo é que as duas empresas não chegaram a um acordo sobre o preço do ativo.

A Eneva havia disputado o Polo Urucu com a 3R Petroleum (RRRP3) desde meados de 2020, mas só entrou em um processo vinculante de negociação com a Petrobras no início do ano passado.

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“Apesar dos esforços envidados pelas partes durante esse processo, ao longo da negociação, não foi possível convergir para um acordo. Com isso, as partes optaram por encerrar as negociações em curso, sem penalidades para nenhuma das partes”, informou a Eneva em comunicado.

No comunicado, a Eneva lembra que iniciou sua atuação na região amazônica com a aquisição do campo de Azulão, na Bacia do Amazonas, em 2018. Desde então, a companhia ampliou sua área sob concessão na região, com a aquisição de três blocos exploratórios na Bacia do Amazonas e da área de Juruá, na Bacia do Solimões.

“Diante da evolução do volume de reservas e recursos contingentes sob concessão da Eneva na região amazônica, a companhia fortaleceu ainda mais seu time dedicado a estudar alternativas logísticas para ampliação da capacidade de escoamento do gás produzido, priorizando a monetização dos volumes já conhecidos e sob sua concessão, seja por meio da destinação do gás para novas usinas termelétricas, seja por meio do desenvolvimento de rotas de comercialização”, informou.

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A Eneva afirmou ainda que continuará buscando ampliar sua atuação na região norte do país, por meio de novas oportunidades de negócios.

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Toni Sciarretta

News director da Bloomberg Línea no Brasil. Jornalista com mais de 20 anos de experiência na cobertura diária de finanças, mercados e empresas abertas. Trabalhou no Valor Econômico e na Folha de S.Paulo. Foi bolsista do programa de jornalismo da Universidade de Michigan.