Bloomberg — Os acionistas controladores da Braskem (BRKM5) decidiram adiar uma bilionária oferta de ações da petroquímica, segundo pessoas com conhecimento do assunto.
Com a piora das condições de mercado, investidores não estavam dispostos a pagar o preço mínimo esperado pela Petrobras (PETR4) e a Novonor, o conglomerado antes conhecido como Odebrecht, de acordo com as pessoas.
As discussões de preço giravam de torno de R$ 40,00 por ação, desconto significativo ante o preço de fechamento da quinta-feira, de R$ 46,51, segundo as pessoas, pedindo para não serem identificadas discutindo assuntos privados.
Procurada, a Novonor não comentou. Braskem e Petrobras não responderam imediatamente a pedidos de comentário.
A Novonor estava disposta a vender 79.182.48 ções e a Petrobras, 75.704.061, segundo prospecto da oferta, em uma transação que poderia alcançar mais de R$ 8 bilhões. Morgan Stanley (MS), JPMorgan (JPM), Bradesco BBI (BBDC4), Itaú BBA (ITUB4), Citi (C), UBS BB Investment Bank, BTG Pactual (BPAC11) e Santander Brasil (SANB11) coordenavam a oferta.
A Novonor, que vem lutando para se recuperar após a investigação Lava Jato, disse que usará parte dos recursos para pagar dívidas com os credores Bradesco, Itaú e Santander.
Para a Petrobras, a venda é um passo a mais em sua estratégia de desinvestimento de ativos não-essenciais para se concentrar na região do pré-sal.
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