Por 1 hora e 25 min, Kamala Harris se torna 1ª mulher na presidência dos EUA

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Bloomberg — O presidente Joe Biden transferiu brevemente o poder para a vice-presidente Kamala Harris nesta sexta-feira, enquanto ele estava sob anestesia para fazer uma colonoscopia, marcando a primeira vez que uma mulher serviu oficialmente como interino no posto de presidente dos EUA.

Harris recebeu o título de “presidente interina” por uma hora e 25 minutos, de acordo com a Seção 3 da 25ª Emenda da Constituição, que foi ratificada em 1967. A cláusula só foi formalmente invocada duas vezes antes, quando o então presidente George W. Bush se submeteu a colonoscopias.

Mas uma outra mulher certa vez assumiu o papel de presidente interina: a esposa de Woodrow Wilson, Edith, comandou funcionalmente o ramo executivo depois que seu marido sofreu um AVC em 1919, mas o poder nunca foi formalmente transferido para ela.

Biden foi submetido ao procedimento nesta sexta-feira de manhã, um dia antes de seu 79º aniversário.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, twittou que o presidente falou com Harris às 11h35 e reassumiu seus poderes naquele momento.

Durante o breve período em que Harris ocupou o poder presidencial, Harris trabalhou em seu escritório na West Wing, onde acompanhou a Câmara aprovar o projeto Build Back Better, disse um assessor. A medida é um elemento-chave da agenda econômica de Biden.

Biden também fez um exame físico na sexta-feira. Embora as consultas médicas presidenciais sempre chamem a atenção, Biden foi a pessoa mais velha eleita para o cargo, aos 77 anos em 2020, o que levou a um exame ainda mais minucioso de sua saúde. Sua última avaliação médica, divulgada por sua campanha presidencial em dezembro de 2019, descreveu-o como “um homem saudável, vigoroso, de 77 anos, que está apto para executar com sucesso as funções da presidência, incluindo aqueles como chefe do Executivo, chefe de Estado e comandante em chefe. "

Psaki disse a repórteres que a Casa Branca divulgaria um resumo completo por escrito do exame físico de Biden - realizado no Walter Reed National Medical Center, perto de Washington - na sexta-feira.

“Eles vão divulgar todos os detalhes”, disse Biden a repórteres após retornar à Casa Branca. “Eu me sinto ótimo. Nada mudou.”

O relatório de Biden de 2019, assinado por seu médico de longa data Kevin O’Connor, que agora é o médico oficial do presidente, listou batimentos cardíacos “irregularmente irregulares”, altos níveis de gordura no sangue, refluxo ácido e alergias sazonais. Na época, ele tomou três prescrições - Eliquis e Crestor para problemas de coração e sangue e Dymista para alergias - e dois remédios de venda livre, Nexium para refluxo ácido e Allegra para alergias.

Desde então, as autoridades relataram apenas um grande problema de saúde para Biden, duas fraturas no pé que ocorreram algumas semanas depois de ele ser eleito. Biden disse que os ferimentos aconteceram enquanto ele brincava com seu cachorro Major, que escorregou em um tapete, levando Biden a tropeçar também. Ele sofreu fraturas e por um breve período colocou uma bota médica no pé. Depois de um raio-X no início de fevereiro, O’Connor disse que o presidente estava “completamente curado”.

Além de cuidar de veteranos e servidores públicos, Walter Reed também serve regularmente como centro de tratamento para presidentes e membros do Congresso. Biden passou um tempo lá em 1988, quando sofreu dois aneurismas cerebrais e foi submetido a uma cirurgia para reparar vasos sanguíneos rompidos. O presidente Donald Trump passou três dias no hospital em outubro de 2020, quando lutava contra a Covid-19.

- Com a ajuda de Nancy Cook e Justin Sink.