Hong Kong planeja reforço para idosos e vacinados com Coronavac

Hong Kong administra imunizantes da alemã BioNTech e da Sinovac, a Coronavac, e qualquer pessoa imunizada com a vacina chinesa é aconselhada a receber reforço

Depois de oito meses da aplicação da Coronavac, quase não se podiam detectar anticorpos, segundo estudo anterior
Por Jinshan Hong
28 de Outubro, 2021 | 02:38 PM

Bloomberg — Hong Kong em breve começará a aplicar vacinas de reforço contra a Covid-19 em idosos, pessoas com maior risco de infecção e em indivíduos que receberam o imunizante da Sinovac BioTech, seguindo os passos de Singapura e China continental, que já estão avançadas na campanha da terceira dose.

Pessoas com mais de 60 anos, profissionais de saúde, bem como funcionários de aeroportos, hotéis e alfândegas devem receber uma terceira dose seis meses após a segunda, segundo recomendação na quarta-feira de especialistas de painéis para o Centro de Proteção à Saúde (CHP, na sigla em inglês).

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Hong Kong administra imunizantes da alemã BioNTech e da Sinovac, a Coronavac, e qualquer pessoa imunizada com a vacina chinesa é aconselhada a receber reforço. Depois de oito meses da aplicação da Coronavac, quase não se podiam detectar anticorpos, segundo estudo anterior.

“Vimos a necessidade de aplicar doses de reforço, então não vamos esperar muito tempo antes de lançá-lo”, disse Edwin Tsui, controlador do CHP, em conversa com repórteres na quarta-feira.

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Qualquer pessoa imunocomprometida e que tenha sido imunizada com qualquer uma das vacinas disponíveis deve receber reforço, mas apenas quatro semanas após completar o primeiro esquema vacinal. Especialistas disseram que pessoas inicialmente imunizadas com a Coronavac poderiam receber uma dose adicional dessa vacina ou da BioNTech, que se mostrou mais eficaz na prevenção e transmissão da Covid em ensaios clínicos.

Mas, para a maioria dos vacinados com a BioNTech, não há “boa razão científica” para escolher o reforço da Coronavac devido à menor eficácia na ativação da resposta imunológica, disse David Hui, presidente do Comitê Científico de Doenças Emergentes e Zoonóticas.

A China começou recentemente a administrar doses de reforço a pessoas de alto risco. O grupo consultivo da Organização Mundial da Saúde recomendou que indivíduos com 60 anos ou mais que receberam a vacina da Sinovac ou da Sinopharm tenham acesso a uma terceira dose. Esses imunizantes usam a tecnologia de vacina inativada, considerada menos eficaz do que a de RNA mensageiro fabricada pela BioNTech-Pfizer e Moderna.

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Embora algumas pessoas em Hong Kong já se qualifiquem para o reforço, muitas ainda se recusam a receber a primeira dose. A hesitação concentra-se principalmente entre idosos, com apenas 47% dos maiores de 60 anos tendo recebido pelo menos uma dose. Desde o início da campanha de vacinação em fevereiro, 61% dos residentes receberam a primeira dose, de acordo com o rastreador de vacinas da Bloomberg. O número se compara a 83% em Singapura, o centro financeiro rival na Ásia.

Entre os 4,6 milhões de pessoas que receberam pelo menos uma dose, cerca de 30% optaram pela Coronavac e 65% escolheram a BioNTech. A cidade também adquiriu 7,5 milhões de doses da AstraZeneca, mas planeja doar tudo para a Covax, o programa global de vacinas apoiado pela OMS para distribuir vacinas a países em desenvolvimento e de renda média.

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