Bitcoin tende a ganhar com nova aprovação de ETF

Especialistas avaliam que um fundo negociado em bolsa atrelado ao preço da criptomoeda no varejo deve impactar positivamente no preço

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Tempo de leitura: 2 minutos

Por Gino Matos para Mercado Bitcoin

São Paulo — Na terça-feira (19), o ETF de contratos futuros de bitcoin ofertado pela gestora ProShares começou a ser negociado nos Estados Unidos após ter a aprovação da Comissão de Valores Mobiliários do país (SEC, na sigla em inglês).

Na quarta-feira (20), a gestora VanEck recebeu o aval para colocar no mercado o mesmo instrumento de investimento, com oferta prevista para começar nesta segunda-feira (25). O cenário se tornou muito positivo para as criptomoedas, até mesmo impulsionando o rompimento da máxima histórica do bitcoin.

Entretanto, investidores aguardam a aprovação de um ETF que esteja diretamente relacionado ao preço de varejo do bitcoin, também conhecido como spot, o que pode ter um impacto ainda maior sobre o preço.

“O diferencial é que um ETF relacionado ao preço de varejo obriga a compra do ativo de fato e, em tese, a pressão de compra puxa a cotação para cima, agindo como gatilho de valorização do bitcoin”, explica Fabrício Tota, diretor de novos negócios no Mercado Bitcoin, maior plataforma para negociação de criptomoedas da América Latina.

Para Tota, a demanda por esse instrumento de investimento vem dos investidores que já estão no mercado de criptoativos. “Para quem ainda não investe em criptomoedas, expor-se por meio de um ETF vinculado a contratos futuros ou ao preço de varejo do bitcoin tem pouca diferença.”

Axel Blikstad, da gestora BLP Asset, concorda que um ETF vinculado ao preço de varejo do bitcoin é capaz de impulsionar ainda mais o preço. “Se fosse em um jogo de futebol, a aprovação de um fundo negociado em bolsa vinculado ao preço de contratos futuros do bitcoin é como um placar de um a zero. A goleada, isto é, uma vitória incontestável, virá com a aprovação explícita de um ETF relacionado ao preço da criptomoeda no mercado spot.”

Ao falar de aprovação explícita, Blikstad se refere ao fato de que a SEC, até o momento, permitiu fundos negociados em bolsa vinculados a criptomoedas somente de forma tácita, ao deixar vencer o prazo para aprovação, conforme prevê a legislação americana.

Impacto regulatório

Tota acredita que a aprovação de um ETF vinculado ao preço do bitcoin no varejo pode se somar às aprovações já ocorridas e incitar ainda mais, globalmente, o senso de urgência em regulamentar o mercado de criptoativos. O executivo do Mercado Bitcoin avalia que a decisão colocaria o setor em destaque no mercado mundial.

Já Rodrigo Monteiro, diretor executivo da Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto), não crê que uma aprovação como essa terá efeito regulatório diverso do que já está sendo visto. “Não há correlação direta. Ademais, é possível, seguro e prático investir diretamente no criptoativo. Os ETFs surgem para agregar comodidade em troca de taxas adicionais. É parte do ecossistema, como acontece no mercado de ações.”

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