Usuários começam a relatar retorno gradual das redes do Facebook

Apesar de ainda apresentar oscilações, Instagram, Facebook e Whatsapp começam a dar sinais de funcionamento, conforme relatos de usuários

Após seis horas fora do ar, o perfil oficial do Facebook disse, no Twitter, que usuários estavam voltando às plataformas
04 de Outubro, 2021 | 07:38 PM

São Paulo — Ainda pisando em ovos, os usuários do Facebook, Whatsapp e Instagram começam a comemorar o retorno das redes sociais, após seis horas fora do ar. As três plataformas pertencentes ao Facebook iniciavam um retorno gradual - e lento - a partir do início da noite desta segunda-feira (4).

O site Downdetector, que monitora problemas de internet, disse que a interrupção do Facebook é a maior já vista, com mais de 10,6 milhões de relatos em todo o mundo.

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Perto das 19h30, horário de Brasília, o perfil oficial do Facebook no Twitter comemorou que alguns de seus usuários estavam relatando a volta das redes.


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Mais cedo, o chefe de tecnologia do Facebook, Mike Schroepfer, também foi ao Twitter pedir desculpas pelo ocorrido.

“Sinceras desculpas a todos os afetados por interrupções nos serviços do Facebook no momento. Estamos enfrentando problemas de rede e as equipes estão trabalhando o mais rápido possível para depurar e restaurar o mais rápido possível”

O problema enfrentado pelo Facebook hoje, conforme especialistas, se deu por conta do sistema de nomes de domínio da empresa (DNS), um componente relativamente desconhecido - pelo menos para as massas - mas crucial da internet. É como uma lista telefônica para a Internet. É a ferramenta que converte um domínio da web, como Facebook.com, no protocolo de internet real, ou endereço IP, onde o site reside.

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As interrupções das principais plataformas da companhia hoje levou as ações do Facebook a fecharem em queda de 4,89% em Nova York, adicionando a uma queda de cerca de 15% desde meados de setembro. Mas não foi só por problemas tecnológicos.

Na noite de ontem (3), uma ex-funcionária da companhia acusou a gigante da mídia social de colocar “lucro acima da segurança” de seus usuários. “Houve conflitos de interesse entre o que era bom para o público e o que era bom para o Facebook”, disse Frances Haugen ao noticiário “60 Minutes”. “O Facebook sempre escolheu otimizar para seus próprios interesses, como ganhar mais dinheiro.”

Haugen, que ajudou a lidar com a desinformação na plataforma, entregou milhares de páginas de pesquisas internas do Facebook para legisladores dos EUA e para o Wall Street Journal, e seus advogados entraram com pelo menos oito queixas na Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, a SEC, de acordo com o “60 minutes”. Ela sugeriu que a companhia enganou o público com afirmações sobre o combate à desinformação e discurso de ódio e que a empresa sabia, mas não divulgou, impactos prejudiciais de seus serviços como o Instagram.

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Kariny Leal

Jornalista carioca, formada pela UFRJ, especializada em cobertura econômica e em tempo real, com passagens pela Bloomberg News e Forbes Brasil. Kariny cobre o mercado financeiro e a economia brasileira para a Bloomberg Línea.