Bloomberg — Os Emirados Árabes Unidos estão tentando aumentar os laços econômicos com Israel para mais de US$ 1 trilhão na próxima década, afirmou o ministro da Economia, Abdulla Bin Touq, na segunda-feira, fortalecendo uma relação de um ano que já gerou bilhões de dólares em negócios.
Estes incluem a compra da Mubadala Investment Co. - avaliada em de US$ 1 bilhão - de participação da Delek (empresa listada em Tel Aviv) em um campo de gás israelense, afirma Bin Touq em uma conferência virtual dos EUA, onde está liderando uma delegação empresarial de alto nível. O país do Golfo também assinou mais de 60 memorandos de acordo com Israel desde a retomada das relações em 2020, afirma, e espera um “influxo” de negócios nos próximos dois anos.
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“Temos US$600 a US$700 milhões de dólares de comércio bilateral acontecendo, temos fundos de bilhões de dólares que foram anunciados conjuntamente entre os dois países, estamos entrando em diversas áreas de oportunidades econômicas”, disse. “Nossa meta é criar mais de US$1 trilhão de dólares em atividades econômicas na próxima década.”
O comércio total dos Emirados Árabes Unidos com seus 15 principais parceiros comerciais no ano passado foi de pouco mais de US$260 bilhões, de acordo com dados da Bloomberg. Atualmente, Israel não está entre os maiores parceiros comerciais dos Emirados e não ficou claro como alcançariam essa meta.
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Os chamados Acordos de Abraham foram um avanço histórico, aclamado por líderes, incluindo os então americanos. O presidente Donald Trump via como um passo em direção à paz no Oriente Médio. Os Emirados Árabes Unidos foram a primeira nação árabe, depois do Egito e da Jordânia, a reconhecer formalmente Israel.
O governo israelense afirmou na época que o negócio resultaria em bilhões de dólares em investimentos. Bahrein, Marrocos e Sudão também reconheceram Israel após intensa diplomacia dos EUA
Essa divulgação foi rotulada de traição por autoridades palestinas e causou um certo constrangimento durante a guerra de 11 dias deste ano em Gaza, mas não atrapalhou os esforços para construir relações diplomáticas e econômicas.
Os EAU anunciaram no início deste mês planos para aprofundar seus laços comerciais em economias de rápido crescimento na Ásia e na África, e atrair US$ 150 bilhões em investimento estrangeiro, enquanto enfrenta crescente competição de sua forte vizinha Arábia Saudita.
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