Bloomberg — A Suíça, que se destacou entre os vizinhos europeus por sua abordagem geralmente mais laissez-faire (expressão francesa que remete a “deixar passar”) à pandemia, está se juntando aos países que agora aumentam a pressão sobre os não vacinados.
Com hospitais lotados e imunizações atrasadas em relação ao resto da Europa Ocidental, o governo está fazendo o que um de seus membros chamou de “bizarro” há algumas semanas e passou a exigir certificados de vacinas para atividades públicas.
A partir desta segunda-feira (13), residentes de um dos países mais ricos do mundo terão que mostrar um comprovante para entrar em restaurantes, cinemas e academias de ginástica. Eles devem atestar que foram vacinados, testados ou que se recuperaram do vírus.
O vaccine tracker da Bloomberg mostra que 53% da população suíça está totalmente vacinada, em comparação com 71% na França e 62% na Alemanha. Enquanto isso, os casos aumentaram. A zona rural de Appenzell Innerrhoden, que teve a aceitação mais lenta do país, está agora entre os 10 principais pontos de contágio da Europa, mostram dados da Organização Mundial de Saúde.
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Dezenas de pessoas se reuniram em frente ao parlamento em Berna na semana passada para protestar contra a decisão do governo suíço em pressionar pela vacinação. Mas o plano parece estar funcionando. A ruptura com a fala do governo de que a vacinação é uma decisão inteiramente pessoal aumentou a demanda por vacinas.
As autoridades em Appenzell Innerrhoden estão recebendo inúmeros pedidos de pessoas que desejam receber vacinas e esperam dobrar o número de vacinas aplicadas a cada semana, disse Monika Ruegg Bless, que dirige o departamento de saúde local. “O aumento do uso de certificados de vacinas está definitivamente sendo sentido”, disse ela.
A demanda em Zurique também aumentou. E a partir desta semana, um de seus bondes percorrerá as ruas para levar vacinas ao público.
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