Ilan Goldfajn assume departamento do FMI para Américas em janeiro

Ex-presidente do BC vai ajudar países membros da região a partir do dia 3 de janeiro

Anúncio da escolha do ex-presidente do BC brasileiro para cargo no FMI foi feito pela diretora-gerente do Fundo, Kristalina Georgieva, em Washington
13 de Setembro, 2021 | 01:20 PM

São Paulo — O FMI (Fundo Monetário Internacional) anunciou, nesta segunda-feira (13), o economista Ilan Goldfajn como novo diretor da instituição para o Departamento do Hemisfério Ocidental, a partir do dia 3 de janeiro do ano que vem. Ele vai suceder Alejandro Werner, cuja aposentadoria foi informada anteriormente.

Goldfajn tem 55 anos, nasceu em Haifa, em Israel, tem dupla nacionalidade e é graduado em economia pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), mestre pela PUC-RJ e doutor pelo MIT. Ele foi presidente do Banco Central de maio de 2016 a fevereiro de 2019.

O economista foi presidente do Banco Central de maio de 2016 a fevereiro de 2019dfd

O anúncio de sua escolha para o cargo no FMI foi feito por Kristalina Georgieva, diretora-gerente da instituição.

“Ele tem uma experiência impressionante nos setores público e privado, e é altamente respeitado no meio acadêmico”, descreveu Georgieva, acrescentando que a familiaridade do economista com o trabalho do FMI e seu profundo conhecimento sobre as finanças internacionais vão ajudar países membros do Fundo nas Américas.

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Georgieva também mencionou suas qualidades como autoridade monetária que implementou mudanças regulatórias que abriram as portas para novos players na indústria de serviços financeiros, incentivando a inovação e a digitalização, o que alimentou o crescimento das fintechs. Em 2017, ele foi eleito o presidente de Banco Central do ano pela revista “The Banker”, e um ano depois, foi escolhido o melhor chefe de Banco Central pela revista “Global Finance”.

Goldfajn já teve passagem pelo Itaú Unibanco como economista-chefe e sócio, além de sociedades com a Ciano Investimentos e Gávea Investimentos. Recentemente, presidiu o conselho do Credit Suisse no Brasil. Já trabalhou ainda como consultor de organizações globais como Banco Mundial, ONU e FMI.

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Sérgio Ripardo

Jornalista brasileiro com mais de 25 anos de experiência, com passagem por sites de alcance nacional como Folha e R7, cobrindo indicadores econômicos, mercado financeiro e companhias abertas.