Chinesas precisarão informar investidores nos EUA sobre riscos

Informações mais detalhadas provavelmente serão incluídas nos relatórios anuais das companhias a partir do começo do ano que vem, segundo presidente da SEC

SEC deve exigir que as empresas chinesas que negociam nos mercados dos EUA informem melhor os investidores sobre os riscos
Por Ben Bain e Robert Schmidt
24 de Agosto, 2021 | 07:55 PM

Bloomberg — A Comissão de Valores mobiliários dos Estados Unidos, a SEC, vai exigir que as mais de 250 empresas chinesas listadas em mercados americanos forneçam mais informações aos investidores sobre riscos políticos e regulatórios, ampliando uma exigência que antes só se aplicava a ofertas públicas iniciais (IPOs).

Gary Gensler, presidente da comissão, disse em entrevista nesta terça-feira (24) que as informações mais detalhadas provavelmente serão incluídas nos relatórios anuais das companhias a partir do começo do ano que vem. Os novos detalhes devem trazer dados sobre estruturas de empresas usadas apenas como veículos financeiros, acrescentou.

Os investidores precisam de “revelação completa e justa” das informações, disse Gensler.

“O que é divulgado é realmente adequado ao momento atual em termos de riscos regulatórios, dos vários riscos políticos?”, questionou ele.

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Veja mais: Ações chinesas de tecnologia se recuperam após semana de sell-off

O maior rigor reflete a mais recente reação da SEC à repressão de Pequim ao setor privado. As medidas do governo chinês, como análises aprofundadas de segurança para empresas que querem listar papéis no exterior, chocaram Wall Street e desencadearam um grande movimento de venda de ações chinesas negociadas nos EUA.

No mês passado, Gensler disse que a SEC paralisaria IPOs de empresas chinesas até que a divulgação de informações fosse aprimorada.

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