Bloomberg — A Huawei Technologies apresentou na quinta-feira (4) uma atualização de seu revolucionário smartphone “triplo” - trifold phone -, que apresenta um novo formato e destaca sua capacidade de engenharia de hardware.
O novo Mate XTs tem dois mecanismos de dobra, o que permite que ele funcione como um smartphone comum ou como duas variações de tablets semelhantes ao iPad.
Esse é o segundo esforço da Huawei em um dispositivo de duas dobras, depois do Mate XT do ano passado, que foi revelado poucas horas depois do iPhone 16 apresentado pela Apple.
O iPhone 17 deve ser divulgado na próxima terça-feira (9).
A Huawei é a maior rival da Apple na área de celulares premium da China e sua série Mate recuperou muito do terreno perdido nos últimos anos.
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Isso foi impulsionado pelo que analistas apontam como revolucionária fabricação de chips na China, e o Mate XTs foi construído com base em seu mais recente processador Kirin 9020.
A Huawei, com sede em Shenzhen, fixou o preço do XTs em 17.999 yuans (cerca de US$ 2.500), abaixo dos US$ 2.800 do ano passado, e detalhou suas melhorias por meio de um evento transmitido ao vivo de sua cidade natal.
O dispositivo pode abrir para uma tela de 10,2 polegadas em sua extensão máxima, disse o chefe de negócios para o consumidor, Richard Yu, no palco.
“O único que pode vencer a Huawei em telefones triplos é a Huawei”, disse Yu, acrescentando que a empresa dominou a produção em massa desse tipo de hardware e agora oferece uma opção de quatro cores, duas a mais do que a primeira geração.
A Huawei apresentou novas experiências semelhantes às do PC no dispositivo, aproveitando melhor suas dimensões maiores, com alguns aplicativos de local de trabalho desenvolvidos para PC sendo executados no telefone.
Usuários também podem alternar mais facilmente entre os aplicativos durante a multitarefa ou ver os aplicativos lado a lado quando desdobram o telefone.
Agora com o HarmonyOS interno da Huawei, o Mate XTs é mais um passo no afastamento da empresa chinesa do software Android do Google.
Há anos, o Android tem lutado para acompanhar o iPadOS da Apple, mais refinado para dispositivos de tela maior, embora o HarmonyOS possa ter mais chances de oferecer uma experiência de usuário atraente na China, devido aos fortes vínculos da Huawei com fornecedores de software locais.
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A Tencent Holdings, gigante tech vizinha de Shenzhen, trabalhou para otimizar o WeChat para a plataforma da Huawei, e o governo chinês incentivou outras empresas a adotar o sistema operacional local.
A Huawei acelerou o impulso para uma adoção mais ampla e lançou uma série de aparelhos de última geração com o HarmonyOS.
Um exemplo foi o Pura X dobrável no início deste ano - com outro fator de forma incomum, a meio caminho entre um telefone flip e um livro dobrável -, que vendeu cerca de meio milhão de unidades em seu primeiro trimestre de venda, de acordo com a Counterpoint Research.
O mercado de smartphones e outros aparelhos dobráveis se recuperou com um crescimento de 45% no trimestre de junho, segundo os dados de mercado da Counterpoint.
A China é responsável pela maioria das remessas em todo o mundo, embora os EUA tenham dobrado sua participação no mercado e quase triplicado as remessas, segundo a pesquisa.
A Apple provavelmente reformulará e revigorará esse mercado no próximo ano, quando lançar seu primeiro iPhone dobrável, cerca de sete anos depois que a Samsung Electronics e a Huawei introduziram tais modelos no mercado.
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