Bloomberg — A Paramount adquiriu os direitos exclusivos de exibir todos os eventos do Ultimate Fighting Championship nos EUA nos próximos sete anos, anunciaram as empresas na segunda-feira (11), um acordo de US$ 7,7 bilhões destinado a impulsionar o serviço de streaming Paramount+.
A Paramount oferecerá os 13 eventos principais do UFC e 30 Fight Nights adicionais em seu serviço de streaming, além de exibir eventos selecionados na rede de transmissão da CBS, a partir do próximo ano. Os eventos de destaque do UFC são normalmente numerados e apresentam disputas de título com os melhores lutadores, enquanto as Fight Nights geralmente envolvem lutadores em ascensão ou confrontos menos proeminentes.
A Paramount disse que está pagando uma média de US$ 1,1 bilhão por ano e que explorará a compra de direitos internacionais no futuro, à medida que estiverem disponíveis.
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David Ellison não perdeu tempo em colocar sua marca na Paramount desde que fechou o acordo para adquirir o controle da empresa na semana passada. Ele vai pagar à TKO, proprietária do UFC, mais do que o dobro do que recebia em seu acordo anterior com a ESPN, da Walt Disney, esperando que a liga de artes marciais mistas atraia milhões de espectadores para o serviço de streaming da empresa.
A Paramount+ tinha 77,7 milhões de assinantes no final de junho, menos do que alguns rivais.
A Paramount oferecerá todas as lutas sem nenhum custo adicional para os consumidores, um pouco diferente de como o UFC trabalhava no passado. Historicamente, a liga vendia seus eventos de destaque em uma base de pay-per-view. Mas colocar esses eventos atrás de um “paywall duplo” - os clientes precisavam de uma assinatura da ESPN+ e depois tinham que pagar uma taxa adicional - limitava o público e alimentava a pirataria.
O UFC oferece à Paramount+ um esporte que dura o ano inteiro para envolver os espectadores e evitar que eles cancelem a assinatura. O serviço de streaming já transmite a liga de futebol americano, alguns jogos de futebol americano universitário, golfe, futebol e basquete universitário. Mas sua seleção de esportes é menor entre os meses de abril e agosto.
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“O UFC é um ativo esportivo unicórnio”, disse Ellison em uma entrevista. “Será o maior esporte exclusivo de uma plataforma individual.”
O diretor executivo da TKO, Ari Emanuel, e o presidente Mark Shapiro vêm comprando os direitos do UFC durante todo o ano. A ESPN detém os direitos desde 2019 e tinha uma janela de negociação exclusiva de 90 dias para mantê-los. A ESPN permitiu que essa janela expirasse, momento em que a Netflix teve uma breve janela para fechar um acordo graças ao seu relacionamento existente com a World Wrestling Entertainment da TKO. Quando esse prazo expirou, a Paramount, a Amazon, o YouTube, a Warner Bros. Discovery e a Fox entraram em contato.
Muitos dos possíveis licitantes estavam interessados em adquirir apenas os eventos numerados. Shapiro queria encontrar um lar para todos eles. “A ideia da nossa marca de colocar todas as nossas lutas em uma plataforma em que, se a pessoa se inscrever para o serviço, terá tudo. Isso é um monstro”, disse ele.
A popularidade do UFC explodiu na última década, à medida que os fãs mais jovens se voltaram para as artes marciais mistas em vez do boxe. Embora o UFC tenha tido dificuldades nos últimos dois anos para atrair novas estrelas, isso não impediu que a TKO garantisse um grande aumento em suas taxas.
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A Endeavor adquiriu uma participação majoritária no UFC em 2016 e, posteriormente, comprou o restante da empresa. Depois de adquirir a World Wrestling Entertainment em 2023, ela criou uma nova empresa de esportes de combate sob a bandeira da TKO. Na semana passada, a ESPN anunciou um acordo para adquirir alguns direitos da World Wrestling Entertainment da TKO.
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