Bloomberg — Quando as finais da NBA começarem na noite de quinta-feira (5), Shai Gilgeous-Alexander será considerado por muitos como o melhor jogador do time favorito a ganhar o campeonato.
E, como muitas estrelas, SGA - como é conhecido - usará seus próprios tênis exclusivos quando o Oklahoma City Thunder enfrentar o Indiana Pacers. Mas os tênis não terão o swoosh da Nike ou o logotipo da Jordan - as marcas que há muito tempo controlam o mercado de tênis de basquete. Em vez disso, ele usará Converse.
Os tênis Chuck Taylor da marca foram uma força no basquete até a década de 1970, mas depois se transformaram em calçados casuais à medida que a Nike abocanhou a fatia de mercado do basquete. Mas na SGA, a Converse agora tem um superstar que pode ajudá-la a reviver os dias de glória.
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Enquanto isso, a Nike, proprietária da marca Jordan, está em uma posição pouco familiar. O próximo grande nome da série é Tyrese Haliburton, de Indiana, que tem um tênis da Puma.
No entanto, a Nike não está sendo completamente excluída das finais. A maior fabricante de equipamentos esportivos do mundo adquiriu a Converse em 2003 para reforçar seu negócio de estilo de vida. Desde então, a Converse teve surtos de sucesso, mas o crescimento estagnou e a receita vem caindo, incluindo uma queda de 18% no período mais recente relatado. Ela representa cerca de 4% das vendas totais da Nike.
O diretor executivo da Nike, Elliott Hill, que saiu da aposentadoria no ano passado para tentar reverter uma longa queda nas vendas, reconhece a importância do tênis. Em fevereiro, Hill voou para São Francisco para estar ao lado da SGA e estrear o Shai 001 - seu novo tênis de basquete de US$ 130 em amarelo amanteigado.
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“O calçado tem tudo a ver com atletas e personalidades, para poder identificar as linhas de produtos, e os clientes conhecem seus produtos pelos nomes, em vez de chamá-los apenas de tênis”, disse Simeon Siegel, analista da BMO Capital Markets. “A Converse sabe disso melhor do que ninguém. De volta ao que fez a Converse: o Chuck Taylor.”
Um representante da Converse não respondeu a um pedido de comentário para esta história.
Muito antes de Michael Jordan jogar sua primeira partida na NBA, o tênis Chuck Taylor da Converse era o calçado dominante nas quadras. Quase todos os jogadores profissionais de basquete durante a década de 1960 usavam tênis Converse - geralmente Chucks, originalmente desenvolvidos para o jogador de basquete que se tornou vendedor de calçados na década de 1920. Magic Johnson e Larry Bird, os maiores astros dos anos 1980, usavam Converse enquanto disputavam campeonatos.
Na NBA, rivais como a Adidas e a Puma conquistaram participação no mercado, mas a Nike apareceu com seus primeiros Jordans em 1985 e nunca mais olhou para trás. A maioria dos jogadores da NBA usa Nikes ou Jordans, e a marca tem tênis exclusivos para a maioria dos maiores nomes do esporte: LeBron James, Kevin Durant e Giannis Antetokounmpo. A Converse foi esquecida.
Herói improvável
SGA, um armador canadense de 1,80 m da Universidade de Kentucky, é um herói improvável para a Converse. O Charlotte Hornets o escolheu em 11º lugar no Draft da NBA de 2018 e o trocou com o Los Angeles Clippers no mesmo dia. Depois de fazer uma média de 11 pontos por jogo em seu ano de estreia, os Clippers o trocaram com o Thunder.
O sucesso veio depois que SGA chegou a Oklahoma, e a Converse finalmente o contratou para endossar seus calçados e vestuário em 2020, após sua segunda temporada como profissional. Ele disse na época que a Converse “não tem tantos caras e a capacidade de me expressar dentro e fora da quadra de muitas maneiras diferentes me atrai muito”.
Três seleções All-Star e um prêmio de Jogador Mais Valioso depois, SGA emergiu como um dos talentos de elite da liga.
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Mas o momento da Converse poderia ter sido melhor. Embora SGA tenha começado a usar seus tênis no meio da temporada, eles não estarão disponíveis para compra até o outono.
No entanto, enquanto a Converse se volta para o basquete, Hill e o diretor executivo da Converse, Jared Carver, ainda não delinearam um plano estratégico para dar uma guinada na marca. Ela raramente é mencionada nas chamadas trimestrais da Nike com investidores e analistas.
“A Converse, como negócio autônomo, é muito grande”, disse Siegel. “Como parte da Nike, parece uma reflexão tardia.”
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