Bloomberg — A BYD reforçou a sua expansão europeia com novos modelos e a abertura de showrooms em meio a uma acirrada guerra de preços no mercado doméstico da China.
A montadora líder em vendas de carros elétricos no mundo está em negociações com centenas de fornecedores locais e terá mais de 1.000 lojas em 32 países da Europa até o final do ano, disse a vice-presidente executiva Stella Li no Salão do Automóvel de Munique, na segunda-feira (8).
A empresa agora oferece 13 modelos na região, acima dos seis há dois anos.
A mais recente adição europeia da BYD é o Seal 6 DM-i Touring, uma perua híbrida plug-in com autonomia combinada de gasolina e bateria de 1.350 quilômetros.
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A BYD, a Xpeng e a Zhejiang Leapmotor estão entre as montadoras chinesas que aproveitam o evento desta semana na Alemanha para exibir os modelos de veículos, em uma tentativa de ampliar os ganhos de participação de mercado obtidos na Europa nos últimos anos.
A investida das empresas se intensifica, à medida em que a guerra de preços dos veículos elétricos se acirra em casa.
A União Europeia impôs tarifas sobre veículos elétricos importados da China, mas isso não impediu a ascensão da BYD e das concorrentes.
As empresas adicionaram mais modelos híbridos e à combustão que estão livres de tarifas, formaram parcerias de vendas locais e se comprometem a estabelecer a produção na região.
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Isso representa uma ameaça para empresas como a Volkswagen e a Stellantis, que têm cortado custos para defender margens em um mercado automotivo europeu estagnado.
A Volkswagen responde com esforços para oferecer veículos mais acessíveis, incluindo um Polo elétrico que deve custar menos de € 25.000 (US$ 29.330) quando for lançado no próximo ano, e uma versão movida a bateria do popular utilitário esportivo T-Cross. A montadora também exibiu novos modelos de sua marca mais barata, a Skoda.
“Nossa ambição é fornecer tecnologia para as pessoas e é isso que estamos fazendo agora com os carros elétricos de entrada”, disse o CEO Oliver Blume em entrevista à Bloomberg TV na segunda-feira.
A maior montadora da Europa também enfrenta as medidas comerciais do presidente americano Donald Trump.
Blume disse que o acordo UE-EUA para tarifas de 15% cria segurança de planejamento, mas ainda representa um fardo para o grupo, que exporta veículos Audi e Porsche para o país.
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A montadora continua em negociações com Washington para garantir um acordo de compensação tarifária em troca de investimentos no país, afirmou Blume. Ele acrescentou que espera uma “solução rápida” nas próximas semanas.
Com o mercado dos EUA praticamente fechado para os concorrentes chineses devido a obstáculos comerciais, estas marcas se movimentam para criar mais raízes na Europa.
A Leapmotor planeja dobrar as vendas na região no próximo ano para até 120.000 unidades, e depois dobrar novamente em 2027, disse o presidente Zhu Jiangming, em Munique.
A produção local na Espanha começará no segundo semestre do próximo ano, acrescentou.
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