Bloomberg — A Azul Linhas Aéreas disse em fato relevante neste sábado (1 de novembro) que chegou a um acordo com um comitê que representa os credores sem garantia (quirografários) sobre um plano para avançar com sua reestruturação financeira, depois de um pedido de proteção no Chapter 11 dos Estados Unidos.
“Continuamos a avançar em nosso processo de reestruturação com o apoio de nossas principais partes interessadas, incluindo nossos credores sem garantia, com os quais chegamos a um acordo, após negociações construtivas”, disse o CEO da Azul, John Rodgerson, em um comunicado por e-mail.
A Azul entrou com pedido de proteção contra credores em maio, após enfrentar pressões cambiais, colapso da demanda durante a pandemia de Covid, inflação e altas taxas de juros. A empresa busca cortar mais de US$ 2 bilhões em dívidas e pagar alguns de seus credores por meio de uma oferta de ações.
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Segundo o fato relevante, os credores classificados no plano como quirografários receberão, a seu critério, (a) sua participação proporcional de até US$ 20 milhões ou (b) participação em um fundo fiduciário estabelecido sob o plano em benefício dos credores quirografários.
A companhia (AZUL4) se comprometeu a contribuir com esse fundo com bônus de subscrição que represente até 5,5% do capital social ao atingir US$3,8 bilhões após a conclusão da reestruturação, além de outros direitos e valores, segundo o documento.
O comitê incentivará todos os credores a votarem a favor do plano assim que ele for aprovado por um tribunal de Nova York, disse a Azul.
O comunicado não entrou em detalhes adicionais sobre os termos do acordo, embora a empresa tenha dito que submeteu ao tribunal uma revisão dos registros com base no acordo fechado.
O tribunal realizará uma audiência na segunda-feira (3) para aprovar os termos do acordo.
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“Uma vez aprovada, a Declaração de Divulgação será distribuída aos credores juntamente com o Plano de Reorganização da Companhia, que será analisado e votado pelos credores”, disse a Azul.
A empresa disse que espera sair do Chapter 11 já no início de 2026.
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-- Com informações da Bloomberg Línea.
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