Ant, fundado por Jack Ma, reforça aposta na América Latina com aporte na fintech R2

Braço financeiro do Alibaba anunciou investimento que inclui uma injeção de capital primário na R2 com o objetivo de expandir o acesso ao crédito para pequenas e médias empresas

Injeção de capital primário na R2 tem o objetivo de expandir o acesso ao crédito para pequenas e médias empresas
Por Carolina Millan - Maria Clara Cobo
30 de Outubro, 2025 | 03:21 PM

Bloomberg — O braço internacional do Ant Group, fintech cofundada por Jack Ma, do Alibaba, ganhará terreno na América Latina por meio de um investimento estratégico na R2, startup de soluções financeiras e empréstimos integrados.

A Ant International anunciou um investimento que inclui uma injeção de capital primário na R2 com o objetivo de expandir o acesso ao crédito para pequenas e médias empresas. As empresas não divulgaram o valor do acordo.

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A parceria surge em um momento em que o ritmo de negociações de capital de risco na América Latina atingiu o nível mais lento em quase sete anos, em parte devido à falta de liquidez que afastou os investidores globais da região, de acordo com a PitchBook.

A R2, fundada por Roger Larach and Roger Teran e com sede na Cidade do México, fornece infraestrutura de empréstimo e capital para permitir que empresas — como a companhia de entrega de alimentos Rappi e o aplicativo de transporte InDrive — ofereçam serviços financeiros sob suas próprias marcas.

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A empresa oferece empréstimos baseados na receita, nos quais o pagamento ocorre automaticamente como uma porcentagem das vendas, o que ajuda a reduzir a inadimplência.

Segundo o seu site, está presente em cinco mercados: Brasil, México, Colômbia, Chile e Peru.

Como parte da parceria, a Ant International fornecerá à R2 “ferramentas com inteligência artificial e reduzirá o custo do crédito”.

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A Ant International lançou soluções de capital de giro para pequenas e médias empresas no Brasil no início deste ano, acrescentou o comunicado.

Em meio à desaceleração do capital de risco na América Latina, algumas empresas asiáticas têm buscado oportunidades na região de forma mais ativa.

No início de outubro, a fintech indonésia Xendit anunciou planos para oferecer processamento de pagamentos transfronteiriços globais na região.

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Para algumas empresas asiáticas, o baixo nível de consumidores latino-americanos com acesso a bancos, a baixa penetração do crédito e o crescente apetite por pagamentos digitais refletem a dinâmica observada em seus mercados de origem há uma década.

A Tencent, líder chinesa em redes sociais, também apostou na região, com investimentos em rodadas de capital de fintechs como a argentina Ualá, o Nubank e a plataforma de gestão de despesas Jeeves.

A Notable Capital, que se separou da gigante de capital de risco GGV, investiu nas fintechs Stori, Clara e Addi, enquanto a BAI Capital também investiu na Stori.

Antigos apoiadores da R2 incluem a Gradient, do Google, o Y Combinator, a Endeavor Catalyst, a Hi Ventures e a Cometa.

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