Payroll: EUA criam 353 mil empregos em janeiro, acima de todas as estimativas

Mediana do mercado apontava a criação de 185 mil vagas no mês passado, segundo consenso da Bloomberg; taxa de desemprego se manteve em 3,7% no período

Conductor de FedEx entregando paquetes
02 de Fevereiro, 2024 | 10:41 AM

Bloomberg Línea — Os Estados Unidos criaram 353.000 vagas de emprego em janeiro, enquanto a taxa de desemprego se manteve em 3,7%, segundo o relatório de folha de pagamento (payroll) divulgado nesta sexta-feira (2) pelo departamento de estatísticas do país. Os dados reforçam a resiliência do mercado de trabalho americano.

O resultado superou todas as previsões de economistas do mercado financeiro. Estimativa mediana em pesquisa da Bloomberg apontava para a criação de 185.000 vagas no último mês e taxa de desemprego a 3,8%.

As vagas de emprego continuaram a aumentar em serviços profissionais e empresariais, cuidados de saúde, comércio e assistência social. E caíram em atividades como mineração.

Os índices futuros de Wall Street operavam em alta por volta das 10h48, no horário de Brasília, mas amenizaram os ganhos. O Nasdaq Composite subia 0,66%, enquanto S&P 500 tinha alta de 0,32%.

PUBLICIDADE

Pressão sobre o Fed

A divulgação do payroll ocorre dois dias depois da decisão do Federal Reserve (Fed) de manter as taxas de juros do país inalteradas. E sinaliza que o mercado de trabalho pode pressionar os preços.

Na quarta-feira (31), o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), responsável pela formulação de políticas do banco central, mostrou que não tem pressa em reduzir as taxas, observando em um comunicado na quarta-feira que “não espera que seja apropriado reduzir a faixa de metas até que tenha adquirido maior confiança de que a inflação está se movendo de maneira sustentável em direção a 2%”.

-- Com informações da Bloomberg News.

PUBLICIDADE

Leia também

Fabricante das raquetes Wilson tem IPO aquém do esperado em Nova York

Pimco e BlackRock lucram com alta volatilidade dos Treasuries nos EUA

Evercore alerta que geopolítica é o maior risco para a recuperação de M&As

Tamires Vitorio

Jornalista formada pela FAPCOM, com experiência em mercados, economia, negócios e tecnologia. Foi repórter da EXAME e CNN e editora no Money Times.