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A economia brasileira enfrenta uma situação contraditória, na avaliação de Ana Paula Vescovi, diretora de macroeconomia do Santander Brasil.
Enquanto a taxa de juros elevada começa a fazer efeito sobre a atividade econômica, reduzindo a inflação e desacelerando o crescimento, os impulsos fiscais devem ganhar força neste segundo semestre e no próximo ano, com a proximidade das eleições, e exercer uma ação contrária à desejada pelo Banco Central.
Isso coloca a autoridade monetária sob pressão justamente no momento em que economistas e operadores do mercado veem a possibilidade de início dos cortes de juros no fim deste ano ou no início de 2026, depois de a Selic alcançar 15% ao ano, o maior patamar em duas décadas.
Para a economista do Santander, ex-secretária do Tesouro Nacional e ex-secretária-executiva do Ministério da Fazenda, esse é um dos fatores que podem limitar a queda da taxa de juros em um futuro próximo.
“Daqui para frente, vamos ver cada vez mais o canal fiscal voltando a impactar o ambiente econômico. Ou seja, vamos sair dessa quase neutralidade que tivemos no primeiro semestre de 2025”, disse em entrevista à Bloomberg Línea.
⇒ Leia mais: Impulso fiscal poderá limitar cortes na Selic, diz Ana Paula Vescovi, do Santander

No radar dos mercados
Os futuros de ações dos EUA operam em leve alta nesta terça-feira (12), com os investidores à espera dos dados de inflação ao consumidor nos EUA (o CPI de julho), que pode redefinir as expectativas para cortes de juros.
- A era do stablecoin na Visa. A companhia aposta nas stablecoins como oportunidade de crescimento. Para isso, expandiu serviços e firmou parcerias com bancos e fintechs para integrá-las ao comércio global. A estratégia mira especialmente mercados emergentes, onde o acesso a cartões é limitado.
- China ajusta estratégia para chips. O país orientou empresas locais a evitarem o uso dos chips H20 da Nvidia e de modelos da AMD em aplicações governamentais ou estratégicas. A sinalização ocorre em meio a preocupações de segurança e para incentivar companhias domésticas.
- Agro sob efeito das tarifas. A África do Sul tem buscado novos mercados na Ásia, no Oriente Médio e na Rússia para compensar as tarifas de 30% impostas pelos EUA sobre frutas, nozes, uvas e vinho. O ministro da Agricultura do país, John Steenhuisen, disse que a prioridade é ampliar as exportações à China.
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🔘 As bolsas ontem (11/08): Dow Jones Industrials (-0,45%), S&P 500 (-0,25%), Nasdaq Composite (-0,30%), Stoxx 600 (-0,06%), Ibovespa (-0,21%)
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Destaques da Bloomberg Línea:
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