Ibovespa recua 1,1% com impasse sobre tarifas de Trump; S&P500 tem novo recorde

Brasil e México buscam acordo comercial diante de impasse com Trump; tarifas impostas pelo presidente americano passam a valer no dia 1º de agosto caso o prazo seja cumprido e não haja recuo

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24 de Julho, 2025 | 06:34 PM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) fechou em queda nesta quinta-feira (24), em movimento de correção após a alta de 1% na véspera e com investidores cautelosos com a falta de visibilidade sobre um novo acordo comercial do Brasil com os Estados Unidos, a uma semana do prazo inicialmente imposto por Donald Trump.

O principal índice da B3 caiu 1,15%, aos 133.807 pontos. O dólar, por sua vez, ficou estável, com leve queda de 0,05% a R$ 5,52.

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Fechamento 24/07/2025

Os holofotes do mundo estão - mais uma vez - nos Estados Unidos com a aproximação do prazo de 1º de agosto, estabelecido pelo presidente americano Donald Trump para impor tarifas a países que exportam aos EUA.

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Após o acordo com o Japão anunciado ontem (23), cresce a expectativa de que Trump esteja mais flexível a negociações para evitar impactos nas empresas e na economia.

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A imposição de taxas de 50% aos produtos brasileiros, no entanto, segue sem novidades em termos de negociação. O governo do Brasil segue afirmando que mantém esforço diplomático para reverter as tarifas, mas que a Casa Branca permanece incomunicável e sem responder aos contatos.

À parte da negociação com os EUA, o governo brasileiro iniciou tratativas com o México buscando ampliar os laços comerciais.

Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, e a presidente do México, Claudia Sheinbaum, conversaram por telefone na quarta-feira (23), de acordo com um comunicado do gabinete do líder brasileiro.

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Ambos os governos se preparam para ter que lidar com novas e onerosas taxas de exportação de produtos enviados aos EUA, caso Trump leve adiante suas últimas ameaças tarifárias.

Os dois líderes de esquerda concordaram que o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, viaje para o México em agosto a fim de elaborar um possível acordo.

O pacto poderia abranger o comércio bilateral de produtos farmacêuticos, energia, agricultura e aeroespacial.

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Alphabet impulsiona S&P500 e Nasdaq

As ações da Alphabet (GOOG), holding do Google, chegaram a subir mais de 2% na máxima do dia após surpresa positiva com os resultados divulgados na noite da véspera. Os papéis encerraram com ganhos de 0,88%.

A companhia apresentou receita de US$ 96,43 bilhões – acima dos US$ 94 bilhões esperados – e teve lucro líquido por ação de US$ 2,31, contra expectativa de US$ 2,18.

O desempenho da companhia ajudou o S&P 500 e o Nasdaq a alcançarem novos recordes, com alta de 0,07% e 0,18%, respectivamente.

Com informações da Bloomberg News.

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Beatriz Quesada

Jornalista especializada na cobertura econômica. Formada pela USP, escreve sobre mercados, negócios e setor imobiliário. Tem passagens por Exame, Capital Aberto e BandNews FM.