Ibovespa opera estável e dólar sobe a R$ 5,54 com tarifas e IPCA-15 no radar

No Brasil, a prévia da inflação, o IPCA-15 veio acima do esperado no acumulado do ano; na Europa, ações da Puma recuaram 19%

Brazil Exchange As Central Bank Raises Rates, Bucking Global Easing Trend
25 de Julho, 2025 | 11:41 AM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) opera perto da estabilidade nesta sexta-feira (25), com os investidores de olho na divulgação de balanços de empresas dos EUA.

O principal índice da B3 sobe 0,07%, aos 133.889 pontos, por volta das 11h28. O dólar, por sua vez, sobe 0,38%, a R$ 5,54.

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No cenário interno, os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, também está no radar.

Leia também: Puma prevê prejuízo com queda de demanda e tarifas; ações recuam 55% no ano

O índice avançou 0,33% em junho, após alta de 0,26% em junho, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (25) pelo IBGE.

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No acumulado do ano, o IPCA-15 registrou um aumento de 3,40%. Em 12 meses, a alta foi de 5,30%, acima da projeção do mercado, que era de 5,26%. Em junho, a taxa estava em 5,27%.

Em Wall Street, a sexta-feira é de tom mais ameno, com ações perto das máximas históricas enquanto investidores digerem nova leva de resultados corporativos.

“Se você é um investidor estruturalmente pessimista, as últimas semanas devem ter parecido um século”, disse Florian Ielpo, da Lombard Odier Investment Managers.

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“Os principais índices acionários continuam subindo como se estivessem em um rali interminável, e suas avaliações agora superam globalmente as do início do ano.”

O risco de uma bolha nos mercados de ações está aumentando, segundo estrategistas do Bank of America liderados por Michael Hartnett, à medida que a política monetária se afrouxa e as regras financeiras ficam mais brandas.

Mais cedo, o S&P 500 subia 0,2% e o Nasdaq opera estável.

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Puma em queda

As ações da Puma chegaram a recuar 19% no pregão de Frankfurt desta sexta-feira depois que a marca alemã reduziu sua previsão de lucro diante da fraca demanda por seus equipamentos esportivos e de ginástica e das crescentes preocupações com o impacto das tarifas dos EUA.

Trata-se da maior queda intradiária desde março, o que eliminou cerca de € 700 milhões do valor de mercado da empresa.

Essa é a terceira grande derrota da empresa somente neste ano, que emitiu repetidos avisos de lucros. As ações acumulam queda de 55% no ano.

Com informações da Bloomberg News.

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Naiara Albuquerque

Formada em jornalismo pela Fáculdade Cásper Líbero, tem mestrado em Ciências da Comunicação pela Unisinos, e acumula passagens por veículos como Valor Econômico, Capricho, Nexo Jornal e Exame. Na Bloomberg Línea Brasil, é editora-assistente especializada na cobertura de agronegócios.