Ibovespa e dólar sobem com acordo EUA-China; ações da Petrobras avançam mais de 3%

Ações globais sobem com alívio comercial; Petrobras e Magazine Luiza são destaques de alta na bolsa

Alta das commodities, sobretudo do petróleo, impulsiona papéis da Petrobras
12 de Maio, 2025 | 11:30 AM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) abre a semana em alta, impulsionado pelo clima de otimismo nos mercados globais após Estados Unidos e China concordarem em reduzir temporariamente tarifas sobre os produtos um do outro.

O principal índice da B3 subia 0,15% por volta das 11h desta segunda-feira (12), aos 137.221 pontos, enquanto o dólar avançava 0,45%, cotado a R$ 5,68.

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Na tentativa de esfriar as tensões comerciais, os EUA vão reduzir as taxas combinadas sobre a maioria das importações chinesas para 30% a partir de 14 de maio. A China, por sua vez, irá reduzir as taxas de 125% sobre os produtos dos EUA para 10%.

No exterior, o alívio nas tensões comerciais também se reflete nas bolsas. O S&P 500 saltava 2,66%, enquanto o Nasdaq subia 3,63%. Na Europa, o índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,84%.

“A diminuição das tensões foi muito mais significativa do que o mercado esperava”, afirmou Benedicte Lowe, estrategista de ações e derivativos do BNP Paribas Markets 360, à Bloomberg TV.

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Segundo ela, a medida abre espaço para um ambiente favorável aos ativos de risco nos próximos dias, ainda que parte do mercado questione a sustentabilidade do movimento.

O petróleo também opera em alta, com o Brent subindo 1,8% e sendo negociado acima de US$ 85 o barril, impulsionado pela expectativa de aumento na demanda global após o alívio das tensões comerciais.

O movimento beneficiava as ações da Petrobras (PETR4), que avançavam 3,79%, fortalecendo a alta do Ibovespa.

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No Brasil, o movimento de recuperação também se refletia em papéis ligados ao consumo. As ações da Magazine Luiza (MGLU3) avançavam 5,72%, revertendo parte das perdas acumuladas na semana anterior.

- Com informações da Bloomberg News.

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Beatriz Quesada

Jornalista especializada na cobertura econômica. Formada pela USP, escreve sobre mercados, negócios e setor imobiliário. Tem passagens por Exame, Capital Aberto e BandNews FM.