Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) opera no campo negativo nesta quinta-feira (23) e destoa do sentimento de otimismo em Wall Street, cujas bolsas sobem após a Nvidia (NVDA) reportar um balanço mais forte que o esperado, reforçando as apostas do mercado na alta das ações ligadas à inteligência artificial.
Por volta das 10h30 (horário de Brasília), o índice cedia 0,26%, negociado aos 125.317 pontos. Entre as blue chips, a sessão era de ganhos para os papéis da Petrobras (PETR3; PETR4), mas de queda para as ações da Vale (VALE3), com recuo nos preços do minério de ferro. O dólar, por sua vez, cedia 0,37%, a R$ 5,13.
Na cena doméstica, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse ontem (22) durante audiência na Câmara dos Deputados que a meta de inflação no Brasil de 3% é “exigentíssima” e “inimaginável”. As falas foram interpretadas pelo mercado como um sinal de que o governo pode tentar torná-la mais flexível no futuro.
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No âmbito corporativo, o comitê da Petrobras aprovou Magda Chambriard como nova CEO da companhia.
No exterior, a Nvidia apresentou outra previsão otimista de vendas para o atual trimestre, de cerca de US$ 28 bilhões. Analistas previam no consenso da Bloomberg US$ 26,8 bilhões.
A fabricante de chips de US$ 2,3 trilhões (antes do balanço) enfatizou que pretende vender sua tecnologia para um mercado mais amplo, para além dos grandes provedores de computação em nuvem conhecidos como hyperscalers.
A alta da Nvidia elevou a cotação acima de US$ 1.000 pela primeira vez e adicionou mais de US$ 100 bilhões ao valor de mercado da empresa. O papel já acumula alta de mais de 100% este ano, depois de um salto de mais de 200% em 2023.
Ainda nos Estados Unidos, dados de pedidos de auxílio-desemprego e falas de Raphael Bostic, membro do Federal Reserve, serão acompanhados hoje. Ontem, a ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) reforçou que “levará mais tempo para ganhar confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção à meta de 2%”.
Segundo dados do Departamento do Trabalho divulgados nesta manhã, os pedidos iniciais de seguro-desemprego caíram na semana passada, à medida que tanto a demanda por trabalhadores quanto as demissões diminuem.
As solicitações diminuíram em 8.000, chegando a 215.000 na semana encerrada em 18 de maio, após uma queda semelhante no período anterior, marcando a maior queda consecutiva desde setembro. A previsão mediana em uma pesquisa da Bloomberg com economistas era de 220.000.
-- Com informações da Bloomberg News