Bloomberg Línea — O Ibovespa abriu em queda nesta sexta-feira (21), volta do feriado, em meio à volatilidade dos mercados internacionais. O principal índice da B3 caía 0,77% às 11h10 (horário de Brasília) depois de ficar o dia fechada na quinta-feira (20).
O dólar era negociado em alta de 0,74% no fim da manhã, cotado a R$ 5,377.
O movimento reflete um dia tenso nas bolsas globais, que tiveram um dia de queda no resto do mundo e se aproximavam de fechar sua pior semana em sete meses. Preocupações com as altas valorizações e com a possibilidade de os investimentos maciços em inteligência artificial serem compensados levam os investidores a se retirarem dos ativos mais arriscados.
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As ações europeias caíram. O índice Stoxx Europe 600 caiu 0,5% às 12h45 em Londres, embora tenha atenuado algumas das perdas mais tarde. As ações dos setores de energia e tecnologia foram as que mais caíram, enquanto os setores defensivos, incluindo alimentos e bebidas, bem como cuidados pessoais, tiveram um desempenho melhor.
Na manhã de sexta, entretanto, os futuros de ações e títulos do Tesouro dos EUA subiram em um pregão volátil após comentários moderados de John Williams, do Federal Reserve, aumentarem as apostas em um corte na taxa de juros em dezembro.
Os contratos do S&P 500 subiram 0,4% após oscilarem ao longo da sessão. O sentimento melhorou depois que o presidente do Fed de Nova York disse que o banco central tem espaço para cortar as taxas em breve, à medida que o mercado de trabalho enfraquece.
O pregão instável de sexta-feira segue uma queda de US$ 5 trilhões nas ações globais, que deixou os investidores questionando até onde a retração pode chegar. O S&P 500 registrou sua maior reversão intradiária desde a turbulência tarifária de abril na quinta-feira, com preocupações sobre as altas avaliações das empresas de tecnologia e a incerteza em relação às taxas de juros abalando o sentimento do mercado.
“Todas as classes de ativos estão frágeis há algum tempo”, disse Neil Birrell, diretor de investimentos da Premier Miton Investors. “Em ações, prevaleceu uma mentalidade de ‘comprar na baixa’, mas quando as avaliações estão altas e há muita alavancagem no sistema, em algum momento os investidores de momentum e os investidores de varejo vão se retirar.”
--- Com informações da Bloomberg News






