Bloomberg Línea — No último pregão de junho, o Ibovespa (IBOV) opera em alta nesta segunda-feira (30), acompanhando a alta das bolsas nos Estados Unidos, que continuam a bater recordes.
O principal índice da B3 sobe 0,48%, aos 137.525 pontos. No acumulado do mês, o Ibovespa conta com a alta desta segunda-feira para se firmar no positivo: os ganhos de junho somam 0,54%.
Já o dólar recua 0,19% contra o real e é cotado a R$ 5,47. No mês, a moeda recua 4%.
No exterior, o bom humor dos mercados continua com a expectativa de acordos comerciais.
Na semana anterior, Estados Unidos e China concluíram um acordo comercial acertado no mês passado em Genebra, segundo o secretário de Comércio norte-americano, Howard Lutnick.
Além disso, Lutnick afirmou que a Casa Branca se prepara para firmar, em breve, tratados com um grupo de 10 importantes parceiros comerciais. O prazo estabelecido pelo presidente Donald Trump para as negociações era até o dia 9 de julho.
O otimismo com a aproximação de acordos com principais parceiros comerciais colocou o S&P 500 perto dos 6.200 pontos – alta de 0,24% nesta segunda-feira e ganhos acumulados de 4,7% no mês.
Os ganhos de junho foram liderados pelo setor de tecnologia, com destaque para Nvidia (NVDA), que avança 14,35% e já tem valor de mercado de US$ 3,82 trilhões. A Oracle (ORCL) também foi ponto positivo no mês, com ganhos de 32,67% em junho.
“Os mercados permanecerão atentos às atualizações econômicas dos EUA – especialmente do setor de empregos – na próxima semana, embora, enquanto não houver novas grandes escaladas no Oriente Médio ou na guerra comercial, seria de se esperar que os mercados de ações não sofressem muito com dados macro”, disse Fawad Razaqzada, do City Index e Forex.com, à Bloomberg News.
“Ainda assim, sempre há espaço para surpresas.”
No Brasil, o boletim Focus mostrou nova revisão da estimativa da inflação para baixo. A projeção para 2025 recuou de 5,24% para 5,20%, impulsionada pelo IPCA-15 de junho, divulgado na semana passada.
O indicador surpreendeu para baixo, desacelerando a 0,26% em junho.
“Ainda que a revisão tenha sido modesta no Focus, vale destacar que não se tratava de uma data crítica para as apostas do BC, o que reduz o incentivo para mudanças mais agressivas nas expectativas. Por isso, é provável que o movimento de baixa ainda não esteja totalmente precificado, e revisões adicionais podem ocorrer nas próximas semanas”, avaliou Guilherme Souza, economista da Ativa Investimentos, em nota.
-- Com informações da Bloomberg News.
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