Ajustes de posições, noticiário corporativo e os eventos que movem os mercados

Esfriam as expectativas de uma redução iminente dos juros pelos principais bancos centrais e os investidores terminam de ajustar posições; notícias do front corporativo reforçam o ânimo

Estes são os eventos que orientam os investidores e movem os mercados hoje
18 de Janeiro, 2024 | 07:02 AM

Barcelona, Espanha — Os mercados tentam buscar equilíbrio após lideranças dos principais bancos centrais mundiais indicarem um consenso sobre o momento e a magnitude dos cortes nas taxas de juros. Além disso, acalmam os investidores os sinais de que fundos estatais chineses apoiarão as ações de empresas afetadas pelas dificuldades econômicas do país.

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🎯 Ajuste de projeções. Esfriam as expectativas de uma redução dos juros pelo Federal Reserve (Fed) já em março. Os preços dos contratos de swap mostram que esta possibilidade baixou para menos de 60% ontem pela primeira vez desde meados de dezembro. Isso representa uma queda em relação aos 80% registrados na sexta-feira. Além da campanha das autoridades do Fed para controlar os ânimos do mercado sobre a iminência do corte de taxas, os investidores ponderam os dados de vendas no varejo mais fortes do que o esperado na quarta-feira.

☀️ Dia de sol para as tech. A Taiwan Semiconductor Manufacturing (TSMC), principal fabricante de chips para a Apple e a Nvidia, espera voltar a crescer de maneira sólida neste trimestre: projetou uma receita ao menos 8% maior, de US$ 18 bilhões a US$ 18,8 bilhões no trimestre findo em março. E está orçando despesas de capital de US$ 28 bilhões a US$ 32 bilhões, acima dos US$ 30 bilhões de 2023.

✈️ No front corporativo. Boa notícia para a Boeing em meio a uma forte turbulência em sua confiança: a fabricante de aviões norte-americana recebeu da mais nova companhia aérea da Índia, a Akasa Air, um pedido de 150 jatos Max, em uma rara notícia positiva desde que uma peça de fuselagem se soltou de um voo da Alaska Airlines há quase duas semanas.

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✂️ Cortes gerenciais. A Bayer apresentou planos para mudanças radicais, incluindo cortes significativos de empregos em seus níveis gerenciais, à medida que o novo CEO, Bill Anderson, tenta reavivar a empresa em crise. As demissões começam nos próximos meses e devem terminar em 2025, segundo a companhia químico-farmacêutica.

💍 Virada do luxo. A Richemont, proprietária da Cartier, reportou vendas mais altas (+8% no quarto trimestre) durante a temporada de compras de fim de ano, uma vez que a demanda mais forte do que o esperado por suas joias caras na China e nos EUA contrariou as tendências de desaceleração do crescimento do luxo. As ações chegaram a superar os 9% de alta esta manhã, o maior ganho intradia em mais de um ano.

👁️ De olho na geopolítica. Também despertam a atenção dos investidores as tensões geopolíticas. Militares paquistaneses realizaram ataques direcionados contra esconderijos de militantes no Irã, depois que Teerã lançou ataques semelhantes no dia anterior.

📈 O vaivém dos ativos. Os contratos futuros de índices dos EUA tentavam manter-se em território positivo. Na Europa, as bolsas se recuperavam das quedas recentes, exceto a londrina. No encerramento do mercado acionário da Ásia, os índices terminaram com variações mistas.

Os contratos de ouro subiam, assim como os do petróleo. Entre as divisas, o iene se depreciava frente ao dólar. O bitcoin se valorizava.

(Com informações de Bloomberg News)

🗓️ AGENDA: Os eventos e indicadores em destaque hoje e na semana →

Os mercados esta manhã
🔘 As bolsas ontem (17/01): Dow Jones Industrials (-0,25%), S&P 500 (-0,56%), Nasdaq Composite (-0,59%), Stoxx 600 (-1,13%), Ibovespa (-0,60%)
Michelly Teixeira

Jornalista com mais de 20 anos como editora e repórter. Em seus 13 anos de Espanha, trabalhou na Radio Nacional de España/RNE e colaborou com a agência REDD Intelligence. No Brasil, passou pelas redações do Valor, Agência Estado e Gazeta Mercantil. Tem um MBA em Finanças, é pós-graduada em Marketing e fez um mestrado em Digital Business na ESADE.