Barcelona, Espanha — A inflação ao consumidor nos Estados Unidos será o catalisador dos mercados financeiros. A expectativa de que haja uma desaceleração dos preços, somada a uma série de comentários mais amenos de membros do Federal Reserve (Fed) sobre o patamar dos juros, pavimenta um caminho positivo para as bolsas. No Brasil, o mercado estará fechado por feriado nacional. Na Europa, hoje é dia de o Banco Central Europeu (BCE) divulgar sua minuta de política monetária.
💸 Preços sob os holofotes. Os economistas preveem que a inflação ao consumidor volte a esfriar, de 3,7% em agosto para uma taxa anual de 3,6% em setembro, de acordo com uma pesquisa da Bloomberg. No caso de se confirmar, poderia alentar o Fed a interromper o aperto monetário. Neste sentido, a inflação ao produtor divulgada ontem não se anunciou muito animadora: subiu mais do que o previsto em setembro, impulsionada pelos custos mais altos de energia.
⏸️ Perto do pico? Mas nas atas do Fed, também publicadas ontem, se observou que os riscos de um aperto excessivo agora precisavam ser equilibrados com a manutenção da inflação em uma trajetória descendente, embora os membros do banco central tenham concordado, no mês passado, que sua política deveria permanecer restritiva por algum tempo.
📊 Entre as empresas. As ações da Ericsson caíram esta manhã depois que a fabricante sueca de redes móveis informou que espera um prejuízo de quase US$ 3 bilhões devido a uma baixa contábil relacionada à sua maior aquisição. Os papéis da EasyJet recuavam e os da Airbus subiam com a notícia de que a companhia aérea de baixo custo fez o maior pedido de aeronaves de sua história. O compromisso, avaliado em quase US$ 20 bilhões, prevê a encomenda de 157 jatos A320neo da Airbus, com opção de adicionar outras 100.
🔴 No front. O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, aterrissou em Tel Aviv na manhã de quinta-feira como parte de uma viagem diplomática organizada às pressas para Israel. Enquanto isso, jatos israelenses atingiram alvos importantes em Gaza depois que o país prometeu eliminar o Hamas, que é considerado um grupo terrorista pelos EUA e pela União Europeia. Até o momento, o conflito já matou pelo menos 2.400 pessoas de ambos os lados.
📈 O vaivém dos ativos. Os contratos futuros de índices dos EUA subiam, enquanto a Europa seguia a mesma toada. O índice Stoxx 600, nesta manhã, atingiu o maior nível em três semanas. Na Ásia, foi positivo o fechamento do mercado acionário. Em outros mercados, o prêmio de risco do título de 10 anos dos EUA, em baixa, era de 4,558%. O ouro subia, assim como os contratos de petróleo bruto WTI. No mercado cambial, o euro se apreciaba frente ao dólar, enquanto a libra esterlina e o iene se desvalorizavam.
(Com informações de Bloomberg News)
🟢 As bolsas ontem (11/10): Dow Jones Industrials (+0,19%), S&P 500 (+0,43%), Nasdaq Composite (+0,71%), Stoxx 600 (+0,15%), Ibovespa (+0,27%)
Apesar de uma leitura mais alta do que o esperado dos preços ao produtor, os comentários mais brandos de vários membros do Fed apoiaram o sentimento de risco. As atas do Fed revelaram que todos os participantes concordaram que a instituição estava em posição de “proceder com cautela” em sua política monetária e que suas decisões sobre juros levariam em conta “o equilíbrio dos riscos”.
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Na agenda
Esta é a agenda prevista para hoje:
• Feriado: Brasil, Espanha
• EUA: Reuniões do FMI; IPC/Set; Pedidos de Seguro-Desemprego; Estoques de Petróleo Bruto e de Gás Natural)
• Europa: Reino Unido (PIB; Balança Comercial/Ago; Produção do Setor de Construção/Ago; Pesquisa de Condições de Crédito do BoE)
• Ásia: Japão (Massa monetária; Investimentos Estrangeiros em Ações Japonesas)
• América Latina: Argentina (IPC/Set); México (Produção Industrial/Ago)
• Bancos centrais: Atas de política monetária do BCE e do Banco do México. Pronunciamentos de Sam Woods, Huw Pill (BoE) e de Fabio Panetta e Frank Elderson (BCE). Saldos de reserva dos bancos con o Fed
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