Bloomberg — O banco central da Argentina deve manter sua taxa básica de juros em 97% até as eleições primárias de agosto, já que as autoridades estimam que a inflação mensal desacelerou em junho, segundo duas pessoas com conhecimento direto do assunto que falaram à Bloomberg News.
Autoridades do banco central esperam que os aumentos mensais de preços tenham desacelerado para menos de 7% no mês passado, justificando a pausa no aumento dos juros, de acordo com as pessoas, que pediram para não serem identificadas.
A autoridade monetária reluta em cortar a taxa básica de juros, uma das mais altas do mundo em valores nominais, devido às incertezas eleitorais e às pressões no mercado de câmbio antes das primárias. Uma das autoridades vê a inflação mensal de julho semelhante à de junho.
O banco central da Argentina elevou as taxas de juros de 75% para 97% de março a maio, em uma tentativa de esfriar os preços que estão no ritmo mais rápido em décadas.

A inflação anual subiu para um território de três dígitos com mais impressão de dinheiro, seca recorde e temores persistentes de desvalorização abrupta da moeda alimentando aumentos de preços antes da eleição presidencial, que segue aberta.
O índice esfriou inesperadamente pela primeira vez em seis meses em maio passado, quebrando uma sequência ininterrupta mesmo com as pressões de preço permanecendo muito altas.
Economistas consultados pelo banco central da Argentina veem os preços subindo 149% ao ano até o final deste ano e uma contração de 3% no produto interno bruto. O governo enfrenta uma batalha difícil nas eleições gerais de 22 de outubro em meio a uma profunda crise econômica.
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