Bloomberg — As ações globais operam em alta nesta quarta-feira (15), à medida que os fortes resultados corporativos impulsionaram o apetite ao risco.
O Stoxx 600 europeu subiu, e a LVMH saltou 14% após um retorno inesperado ao crescimento, o que impulsionou outras ações do setor de luxo.
A ASML Holding também ganhou força depois de divulgar pedidos acima do esperado. Os futuros do S&P 500 avançaram 0,6%, enquanto o índice de referência da Ásia caminhava para seu maior ganho desde julho.
O dólar caiu em relação a todas as principais moedas, com o aumento das apostas em cortes de juros pelo Federal Reserve e o reforço do apoio da China ao yuan.
O Banco Popular da China fixou a taxa de referência da moeda em seu nível mais forte em quase um ano, ajudando a conter saídas de capital e a restaurar a confiança.
Enquanto isso, o ouro atingiu um novo recorde, impulsionado pelas tensões entre EUA e China e pelas expectativas de flexibilização monetária do Fed. Os títulos do Tesouro dos EUA subiram em toda a curva, com o rendimento das notas de 10 anos caindo dois pontos-base, para 4,02%.
Após os grandes bancos de Wall Street darem início à temporada de balanços na terça-feira, 71% das 24 empresas do S&P 500 que já divulgaram resultados superaram as projeções de analistas, segundo dados compilados pela Bloomberg Intelligence.
“Bons resultados certamente servirão de impulso para que o mercado suba até o fim do ano”, disse Emmanuel Makonga, estrategista de ações europeias do Barclays Plc.
O avanço desta quarta-feira ocorre em meio a forças opostas que têm influenciado os mercados nos últimos dias — de um lado, as persistentes tensões comerciais entre EUA e China.
De outro, um cenário macroeconômico ainda favorável, em um momento em que o Fed está cortando juros. A falta de dados econômicos durante o shutdown do governo americano tem aumentado a incerteza, dificultando a leitura sobre a política monetária.
Enquanto isso, o representante de comércio dos EUA, Jamieson Greer, previu que as tensões com a China sobre controles de exportação devem diminuir, após conversas entre representantes dos dois países. O presidente Donald Trump também se mostrou moderadamente otimista sobre um possível desfecho positivo.
“Temos uma relação justa com a China, e acho que tudo ficará bem. E, se não ficar, tudo bem também”, disse Trump a repórteres na terça-feira na Casa Branca.
“Há muitos golpes sendo trocados, e temos sido muito bem-sucedidos.”
Veja a seguir outros destaques desta manhã de quarta-feira (15 de outubro):
- Stellantis mira expansão nos EUA. A montadora informou que vai investir US$ 13 bilhões nos EUA até 2029 para ampliar em 50% sua produção local e reduzir o impacto das tarifas. O plano inclui cinco novos modelos, entre eles SUVs Jeep, e a criação de 5.000 empregos nas fábricas americanas.
- Waymo avança sobre a Europa. A empresa lançará em 2026 seu serviço de transporte autônomo em Londres, em sua primeira operação na Europa. Os testes com uma frota piloto começarão nos próximos meses, em parceria com a Moove, apoiada pela Uber.
- Novo patamar para o ouro. O metal atingiu um novo patamar recorde acima de US$ 4.200 por onça, impulsionado pelas tensões entre EUA e China e pelas apostas em novos cortes de juros pelo Fed. A prata também disparou, com escassez do metal em Londres e alta volatilidade nos preços.

🔘 As bolsas ontem (14/10): Dow Jones Industrials (+0,44%), S&P 500 (-0,16%), Nasdaq Composite (-0,76%), Stoxx 600 (-0,37%), Ibovespa (-0,07%)
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-- Com informações da Bloomberg News.
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