Bloomberg Línea — A Fifa revelou nesta semana que passou a bola oficial da Copa do Mundo de 2026: batizada de Trionda, tem um design e um nome que representam a união dos três países-sede: Estados Unidos, Canadá e México.
O design inclui elementos representativos de cada nação, como a folha de bordo da bandeira do Canadá, uma águia para o México e uma estrela para os EUA.
No Brasil, a versão mais cara, chamada Trionda Pro, igual à que será utilizada na Copa do Mundo, custa R$ 1.299,99. Nos EUA, ela custa US$ 170.
Há outras cinco versões, com preços que vão de R$ 699,00 (Competição Trionda) a R$ 99,00 (Trionda Mini), esta, para crianças menores ou como souvenir.
Nos EUA, as versões em tamanho oficial mais acessíveis custam US$ 25.
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Ao longo das últimas cinco décadas e meia, a Fifa e a Adidas, responsável pelo desenvolvimento e pelas vendas, transformaram a bola oficial da Copa do Mundo não apenas em um ícone como em um produto campeão em vendas.
Assim que foi anunciada, a Adidas divulgou campanhas mundo afora com estrelas como o jovem craque espanhol Lamine Yamal, o atacante brasileiro Raphinha - no site para o Brasil - e o argentino Lionel Messi com a Trionda, que passou a ficar disponível para venda ao público a partir de sexta-feira (3).
Trata-se de uma parceria iniciada em 1970, com a Telstar na Copa do México de 1970, vencida pela seleção brasileira, apontada por muitos críticos como a equipe mais forte de todos os tempos no futebol, que contava com Pelé no auge e outros craques como Rivellino, Gerson, Tostão e Jairzinho.
Desde então, algumas versões se tornaram célebres entre amantes do futebol, como a Etrusco Unico (Copa do Mundo da Itália em 1990), a Fevernova (Copa do Mundo do Japão e da Coréia do Sul em 2022), a Jabulani (Copa do Mundo da África do Sul em 2010) e a Brazuca (Copa do Mundo do Brasil em 2014).

Segundo reportagem da Bloomberg News de 2022, por ocasião da Copa do Mundo do Catar, mais de 40 milhões de bolas de futebol eram vendidas a cada ano naquele momento, com impulso relevante em anos de Mundial de seleções.
A um preço médio de US$ 50 cada bola, isso representava na ocasião um mercado de US$ 2 bilhões, em uma estimativa meramente ilustrativa.
A Adidas não divulga números específicos de vendas de bolas de futebol a cada ano, em um mercado que inclui outras fabricantes.
Mas, dado que esse é um mercado alimentado ao longo da história em boa parte pela Copa do Mundo e por competições organizadas pela Fifa, pode se creditar a ambas parte do mérito do que existe hoje em vendas do produto.
Antes da apresentação oficial, as bolas das Copas do Mundo anteriores foram exibidas no Sphere em Las Vegas.
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A Copa do Mundo de 2026 será realizada de 11 de junho a 19 de julho de 2026. O torneio será realizado nos Estados Unidos, Canadá e México e contará pela primeira vez com 48 equipes, o que demandará 104 partidas durante 39 dias.
Além do aspecto visual, a bola tem inovações que lhe conferem mais desempenho, como uma construção de painel com costuras que proporcionam mais estabilidade e ícones em relevo que melhoram a aderência ou o controle da bola na umidade ou na chuva, segundo a Fifa em um comunicado.
A tecnologia está presente na bola oficial da Copa do Mundo de 2026, que incluirá um chip com sensor de movimento de 500 Hz que fornece informações sobre o movimento da bola, informou a entidade.
Esses dados, segundo a entidade que rege o futebol no mundo, permitirão uma melhor tomada de decisões nas partidas em casos de lances polêmicos.
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