Bloomberg — O presidente chinês, Xi Jinping, disse na quinta-feira ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que remova as medidas “negativas” que têm aumentado as tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo, e concordou com a realização de novas negociações, segundo a emissora estatal chinesa.
De acordo com um resumo da conversa publicado pela CCTV, Xi afirmou que Pequim está cumprindo os termos do acordo comercial firmado entre os dois países no mês passado, em Genebra, apesar de autoridades dos EUA reclamarem que os controles de exportação sobre terras raras críticas não foram flexibilizados com a rapidez esperada.
Xi também disse que os países devem trabalhar para reduzir mal-entendidos e afirmou que Trump seria bem-vindo para visitar a China, conforme o comunicado.
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As relações entre os dois rivais se deterioraram nas últimas semanas, com ambos os lados acusando um ao outro de violar uma trégua comercial que havia levado à redução de tarifas anteriormente elevadas.
Diante do risco de o novo conflito ameaçar a frágil trégua, analistas de mercado se mostraram esperançosos de que a conversa entre os líderes possa abrir caminho para uma saída negociada.
As ações subiram com a notícia da ligação, mas depois inverteram os ganhos enquanto os investidores aguardavam o relatório de emprego dos EUA na sexta-feira.
A ligação marca o primeiro contato formal conhecido entre os líderes desde que Trump assumiu a presidência. A última conversa entre Trump e Xi havia ocorrido em janeiro, antes da posse do presidente norte-americano.
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O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou anteriormente que a ligação foi feita a pedido de Trump. A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
As terras raras surgiram nos últimos dias como um dos principais pontos de tensão.
Os EUA acusaram a China de não cumprir a promessa de flexibilizar os controles de exportação desses metais, essenciais para a produção de eletrônicos de ponta.
Pequim, por sua vez, se mostrou frustrada com as novas restrições dos EUA à venda de softwares de design de chips e com os planos norte-americanos de começar a revogar vistos de estudantes chineses.
Trump sempre disse que conversas diretas com Xi eram a única forma de resolver as diferenças entre os países, mas o líder chinês até agora vinha se mostrando relutante em conversar diretamente com o presidente americano, preferindo que assessores negociassem os pontos principais.
Os controles de exportação, as ações dos EUA sobre vistos estudantis e as restrições tecnológicas provavelmente serão centrais nas futuras negociações.
Em Genebra, no mês passado, os principais negociadores comerciais dos EUA e da China concordaram apenas em reduzir tarifas por 90 dias enquanto buscam um acordo mais abrangente.
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