Bloomberg — O presidente Donald Trump assinou uma ordem nesta sexta-feira (14) reduzindo tarifas sobre carne bovina, tomates, café e bananas, uma medida voltada a baratear alimentos básicos enquanto o governo enfrenta pressão de eleitores para cortar preços de produtos do dia a dia.
As isenções diminuem tarifas de importação sobre esses produtos, que, segundo a Casa Branca, não podem ser produzidos em quantidade suficiente nos Estados Unidos para atender à demanda doméstica.
Centenas de alimentos — entre eles coco, castanhas, abacate e abacaxi — foram incluídos na lista de itens que terão tarifas suspensas. Os cortes serão retroativos para valer desde 12h01, no horário de Nova York, de 13 de novembro.
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A medida é tomada no momento em que Trump passa a priorizar ações ligadas ao custo de vida, à medida que os eleitores demonstram crescente preocupação com a economia sob sua gestão. Ela também representa um reconhecimento implícito de que a política tarifária do presidente contribuiu para pressionar os preços ao consumidor nos Estados Unidos.
Um funcionário da Casa Branca, que pediu anonimato para comentar a ordem executiva, afirmou à Bloomberg News mais cedo que o presidente está cumprindo a promessa de negociar acordos comerciais e depois ajustar tarifas conforme necessário.
O representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, antecipou a iniciativa na sexta-feira, dizendo que ela se encaixa na estratégia mais ampla de Trump de criar exceções tarifárias para setores e produtos considerados essenciais.
“Agora é o momento certo para liberar alguns desses itens que o presidente disse que iria liberar”, afirmou Greer. “Isso é um desdobramento natural do que o presidente sinalizou — e é exatamente o que ele está fazendo hoje.”
Trump e outros altos funcionários do governo têm rebatido críticas de que suas políticas comerciais aumentaram o custo de vida, mas reconhecem a necessidade de fazer mais para reduzir os preços elevados que têm frustrado os eleitores há anos.
Trump costuma exaltar os méritos das tarifas, dizendo acreditar que os impostos de importação são parcialmente compensados por reduções de preços por parte dos vendedores, o que diminuiria o impacto sobre os consumidores.
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