Chile e Brasil lideram inovação na América Latina em 2025; Suíça segue no topo global

Apesar do destaque regional, países latino-americanos ainda enfrentam desafios para transformar insumos em resultados inovadores, segundo levantamento da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI)

Los países con mayor espíritu emprendedor del mundo: tres son de Latinoamérica.
Por Redação Bloomberg Línea
19 de Setembro, 2025 | 09:11 AM

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O Chile (51º) e o Brasil (52º) foram as economias latino-americanas mais bem colocadas no Índice Global de Inovação (GII) 2025, publicado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), seguidos por México, Uruguai e Colômbia.

Globalmente, o pódio é composto pela Suíça, Suécia e Estados Unidos, seguidos pela República da Coreia e Singapura.

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A China entrou no top 10 pela primeira vez, um marco que reflete o crescimento sustentado dos gastos com P&D (pesquisa e desenvolvimento) e patentes.

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O GII avalia quase 139 economias com base em mais de 70 indicadores, que vão desde instituições, capital humano e infraestrutura até o desempenho em conhecimento, tecnologia e produção criativa.

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O índice funciona em uma lógica de entrada-saída: primeiro mede os recursos e as condições que possibilitam a inovação e, depois, os resultados concretos - patentes, publicações científicas, exportações de alta tecnologia e produção criativa.

Essa metodologia permite a comparação de países com contextos muito diferentes, embora seja recomendável cautela ao interpretar variações ano a ano devido a mudanças metodológicas ou dados ausentes.

Descobertas relevantes

Entre as descobertas mais relevantes está a desaceleração do crescimento dos gastos com P&D: o aumento geral desacelerou para 2,9% em 2024 e, segundo as projeções, cairá novamente em 2025.

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Ao mesmo tempo, o investimento em capital de risco mostrou sinais mistos, com o valor em dólares dos negócios se recuperando, impulsionado por megadeals (nos Estados Unidos e pela onda de investimento em inteligência artificial generativa), mas o número total de negócios caiu pelo terceiro ano consecutivo, o que indica uma maior concentração geográfica e setorial do financiamento de risco.

Essa dinâmica influencia a capacidade dos países emergentes de traduzir os pontos fortes dos insumos em resultados sustentáveis.

Chile e Brasil lideram na América Latina

De acordo com o GII, o Chile se destaca pelos avanços em infraestrutura digital, matrículas no ensino superior e estabilidade institucional que facilitam o investimento privado e os vínculos universidade-indústria.

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O Brasil, por sua vez, tem como pontos fortes a produção científica e um ecossistema empresarial que cresceu em tamanho e sofisticação.

No entanto, ambos continuam a enfrentar a lacuna entre insumos e resultados: o fortalecimento do investimento privado em P&D aplicada e o aprimoramento dos mecanismos de financiamento para ampliar os empreendimentos são desafios recorrentes na região.

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Atrás desses países, em nível regional, vêm o México (58º), o Uruguai (68º), a Colômbia (71º), a Costa Rica (72º), a Argentina (77º), o Peru (80º), o Panamá (82º), a República Dominicana (97º), El Salvador (98º), o Paraguai (103º), a Bolívia (111º), o Equador (113º), quero dizer: Honduras (119º), Guatemala (123º), Nicarágua (130º) e Venezuela (136º).

Classificação mundial e regional

  1. Suíça
  2. Suécia
  3. Estados Unidos
  4. República de Corea
  5. Cingapura
  6. Reino Unido
  7. Finlândia
  8. Países Baixos
  9. Dinamarca
  10. China
  11. Alemanha
  12. Japão
  13. França
  14. Israel
  15. Hong Kong (China)
  16. Estônia
  17. Canadá
  18. Irlanda
  19. Áustria
  20. Noruega
  21. Bélgica
  22. Austrália
  23. Luxemburgo
  24. Islandia
  25. Chipre
  26. Nova Zelândia
  27. Malta
  28. Itália
  29. Espanha
  30. Emiratos Árabes Unidos
  31. Portugal
  32. República Checa
  33. Lituânia
  34. Malásia
  35. Eslovênia
  36. Hungria
  37. Bulgária
  38. Índia
  39. Polônia
  40. Croacia
  41. Letônia
  42. Grécia
  43. Turquia
  44. Vietnã
  45. Tailandia
  46. Arábia Saudita
  47. Eslováquia
  48. Catar
  49. Romênia
  50. Filipinas
  51. Chile
  52. Brasil
  53. Ilhas Maurício
  54. Sérvia
  55. Indonésia
  56. Geórgia
  57. Marrocos
  58. México
  59. Armênia
  60. Federação Russa
  61. África do Sul
  62. Baréin
  63. Macedônia do Norte
  64. Montenegro
  65. Jordânia
  66. Ucrânia
  67. Albânia
  68. Uruguai
  69. Omã
  70. Irã
  71. Colômbia
  72. Costa Rica
  73. Kuwait
  74. Moldávia
  75. Seychelles
  76. Tunísia
  77. Argentina
  78. Mongólia
  79. Uzbequistão
  80. Peru
  81. Cazaquistão
  82. Panamá
  83. Jamaica
  84. Barbados
  85. Belarus
  86. Egito
  87. Botsuana
  88. Brunéi Darussalam
  89. Senegal
  90. Líbano
  91. Namíbia
  92. Bósnia e Herzegovina
  93. Sri Lanka
  94. Azerbaijão
  95. Cabo Verde
  96. Quirguistão
  97. República Dominicana
  98. El Salvador
  99. Paquistão
  100. Camboja
  101. Gana
  102. Quênia
  103. Paraguai
  104. Ruanda
  105. Nigéria
  106. Bangladesh
  107. Nepal
  108. Tajiquistão
  109. Laos
  110. Costa de Marfil
  111. Bolívia
  112. Zâmbia
  113. Equador
  114. Trinidad e Tobago
  115. Argelia
  116. Camarões
  117. Togo
  118. Benin
  119. Honduras
  120. Madagascar
  121. Tanzânia
  122. Myanmar
  123. Guatemala
  124. Uganda
  125. Malaui
  126. Burkina Faso
  127. Burundi
  128. Moçambique
  129. Zimbábue
  130. Nicarágua
  131. Mauritânia
  132. Lesoto
  133. Guiné
  134. Etiópia
  135. Pequeno
  136. Venezuela
  137. Congo
  138. Angola
  139. Níger

Metodologia

O GII 2025 é calculado como a média de dois subíndices: O subíndice de insumos para inovação avalia os elementos da economia que possibilitam e facilitam as atividades inovadoras, agrupados em cinco pilares: (1) instituições, (2) capital humano e pesquisa, (3) infraestrutura, (4) sofisticação de mercado e (5) sofisticação de negócios. O subíndice de desempenho em inovação mede o desempenho das atividades inovadoras por meio de dois pilares: (6) desempenho tecnológico e de conhecimento e (7) desempenho criativo.