O Chile (51º) e o Brasil (52º) foram as economias latino-americanas mais bem colocadas no Índice Global de Inovação (GII) 2025, publicado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), seguidos por México, Uruguai e Colômbia.
Globalmente, o pódio é composto pela Suíça, Suécia e Estados Unidos, seguidos pela República da Coreia e Singapura.
A China entrou no top 10 pela primeira vez, um marco que reflete o crescimento sustentado dos gastos com P&D (pesquisa e desenvolvimento) e patentes.
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O GII avalia quase 139 economias com base em mais de 70 indicadores, que vão desde instituições, capital humano e infraestrutura até o desempenho em conhecimento, tecnologia e produção criativa.
O índice funciona em uma lógica de entrada-saída: primeiro mede os recursos e as condições que possibilitam a inovação e, depois, os resultados concretos - patentes, publicações científicas, exportações de alta tecnologia e produção criativa.
Essa metodologia permite a comparação de países com contextos muito diferentes, embora seja recomendável cautela ao interpretar variações ano a ano devido a mudanças metodológicas ou dados ausentes.
Descobertas relevantes
Entre as descobertas mais relevantes está a desaceleração do crescimento dos gastos com P&D: o aumento geral desacelerou para 2,9% em 2024 e, segundo as projeções, cairá novamente em 2025.
Ao mesmo tempo, o investimento em capital de risco mostrou sinais mistos, com o valor em dólares dos negócios se recuperando, impulsionado por megadeals (nos Estados Unidos e pela onda de investimento em inteligência artificial generativa), mas o número total de negócios caiu pelo terceiro ano consecutivo, o que indica uma maior concentração geográfica e setorial do financiamento de risco.
Essa dinâmica influencia a capacidade dos países emergentes de traduzir os pontos fortes dos insumos em resultados sustentáveis.
Chile e Brasil lideram na América Latina
De acordo com o GII, o Chile se destaca pelos avanços em infraestrutura digital, matrículas no ensino superior e estabilidade institucional que facilitam o investimento privado e os vínculos universidade-indústria.
O Brasil, por sua vez, tem como pontos fortes a produção científica e um ecossistema empresarial que cresceu em tamanho e sofisticação.
No entanto, ambos continuam a enfrentar a lacuna entre insumos e resultados: o fortalecimento do investimento privado em P&D aplicada e o aprimoramento dos mecanismos de financiamento para ampliar os empreendimentos são desafios recorrentes na região.
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Atrás desses países, em nível regional, vêm o México (58º), o Uruguai (68º), a Colômbia (71º), a Costa Rica (72º), a Argentina (77º), o Peru (80º), o Panamá (82º), a República Dominicana (97º), El Salvador (98º), o Paraguai (103º), a Bolívia (111º), o Equador (113º), quero dizer: Honduras (119º), Guatemala (123º), Nicarágua (130º) e Venezuela (136º).
Classificação mundial e regional
- Suíça
- Suécia
- Estados Unidos
- República de Corea
- Cingapura
- Reino Unido
- Finlândia
- Países Baixos
- Dinamarca
- China
- Alemanha
- Japão
- França
- Israel
- Hong Kong (China)
- Estônia
- Canadá
- Irlanda
- Áustria
- Noruega
- Bélgica
- Austrália
- Luxemburgo
- Islandia
- Chipre
- Nova Zelândia
- Malta
- Itália
- Espanha
- Emiratos Árabes Unidos
- Portugal
- República Checa
- Lituânia
- Malásia
- Eslovênia
- Hungria
- Bulgária
- Índia
- Polônia
- Croacia
- Letônia
- Grécia
- Turquia
- Vietnã
- Tailandia
- Arábia Saudita
- Eslováquia
- Catar
- Romênia
- Filipinas
- Chile
- Brasil
- Ilhas Maurício
- Sérvia
- Indonésia
- Geórgia
- Marrocos
- México
- Armênia
- Federação Russa
- África do Sul
- Baréin
- Macedônia do Norte
- Montenegro
- Jordânia
- Ucrânia
- Albânia
- Uruguai
- Omã
- Irã
- Colômbia
- Costa Rica
- Kuwait
- Moldávia
- Seychelles
- Tunísia
- Argentina
- Mongólia
- Uzbequistão
- Peru
- Cazaquistão
- Panamá
- Jamaica
- Barbados
- Belarus
- Egito
- Botsuana
- Brunéi Darussalam
- Senegal
- Líbano
- Namíbia
- Bósnia e Herzegovina
- Sri Lanka
- Azerbaijão
- Cabo Verde
- Quirguistão
- República Dominicana
- El Salvador
- Paquistão
- Camboja
- Gana
- Quênia
- Paraguai
- Ruanda
- Nigéria
- Bangladesh
- Nepal
- Tajiquistão
- Laos
- Costa de Marfil
- Bolívia
- Zâmbia
- Equador
- Trinidad e Tobago
- Argelia
- Camarões
- Togo
- Benin
- Honduras
- Madagascar
- Tanzânia
- Myanmar
- Guatemala
- Uganda
- Malaui
- Burkina Faso
- Burundi
- Moçambique
- Zimbábue
- Nicarágua
- Mauritânia
- Lesoto
- Guiné
- Etiópia
- Pequeno
- Venezuela
- Congo
- Angola
- Níger
Metodologia
O GII 2025 é calculado como a média de dois subíndices: O subíndice de insumos para inovação avalia os elementos da economia que possibilitam e facilitam as atividades inovadoras, agrupados em cinco pilares: (1) instituições, (2) capital humano e pesquisa, (3) infraestrutura, (4) sofisticação de mercado e (5) sofisticação de negócios. O subíndice de desempenho em inovação mede o desempenho das atividades inovadoras por meio de dois pilares: (6) desempenho tecnológico e de conhecimento e (7) desempenho criativo.