Bloomberg Línea — A Colômbia começa a conhecer uma proposta de culinária do futuro com um restaurante que tem proposta de “cozinha tecno-emocional”, que funde gastronomia e ambientes digitais. Trata-se do Frenessí, um lugar que transforma um jantar tradicional em um show imersivo que se estende do paladar ao ambiente.
O Grupo Seratta, a empresa que o concebeu, define-o como “uma cápsula de imersão gastronômica onde a realidade é transformada” por meio de produções audiovisuais que criam um espetáculo imersivo. São necessárias três horas para desfrutar de seu menu degustação de 11 pratos com harmonização de comida e vinho e o tour temático, dizem os criadores do conceito inovador.
A experiência, que custa COP$696.900 (US$172,27) por pessoa, começa antes da mesa: é preciso fazer a reserva on-line ou por telefone, pois há apenas uma mesa com espaço para no máximo 20 comensais.
A proximidade implica um toque íntimo e uma experiência coletiva que pode ter eixos temáticos como o fundo do mar ou o futuro criado como uma viagem da Antártica a Pequim.
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Cada momento do cardápio faz parte da viagem-espetáculo gerada com som surround Dolby Atmos 7.1, aromas, sabores, realidade virtual e “os mais altos padrões audiovisuais”. Graças a isso, o que parece ser uma mesa convencional é transformado com projeções imersivas que também modificam temporariamente as paredes por meio de videomapping.
“Por meio de sabores, aromas e sensações únicas, você despertará seus cinco sentidos e viverá a aventura de um multiverso gastronômico”, promete o local. Além disso, toda a equipe está integrada à dinâmica do entretenimento.
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O futuro do luxo e da culinária
Em 2024, o Grupo Seratta, especializado em restaurantes experimentais, estendeu o conceito Frenessí para a Argentina, onde adaptou seu cardápio aos ingredientes locais. Também desenvolveu outros, como o Sapiens, “o único restaurante do mundo administrado por uma inteligência artificial”.
O aumento desse tipo de lugar se soma à tendência de buscar experiências além dos restaurantes e jantares convencionais. Um estudo realizado pela plataforma de gerenciamento de hotéis Seven Rooms constatou que “os clientes são mais seletivos com seus gastos, mas estão dispostos a gastar muito dinheiro em experiências que pareçam premium e exclusivas”.
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Além disso, as experiências gastronômicas especiais contribuem para a retenção de clientes, já que 74% dos consumidores “planejam ou já voltaram a um restaurante depois de uma experiência única”, de acordo com a pesquisa.
A fusão da gastronomia com outros tipos de experiências tem sido explorada pelas marcas de luxo para atrair mais clientes e reformular seus modelos tradicionais de compras.
Este ano, a marca de calçados de luxo Aquazzura, do designer colombiano Edgardo Osorio, lançou seu primeiro bar com a rede de hotéis italiana Rocco Forte e, no México, a Tiffany abriu seu primeiro café dentro de sua principal butique na Cidade do México. Ao mesmo tempo, marcas como Lacoste ou Karl Lagerfeld abriram cafés temáticos temporários para promover alguns de seus produtos.
