Bloomberg Línea — Para Bad Bunny, a escolha de Porto Rico como local para uma residência musical extensa e bem-sucedida foi mais do que apenas criativa. O cantor revelou que parte de sua decisão de não se apresentar em nenhuma cidade dos EUA se deu por medo de deportações em massa e de que seus shows pudessem atrair a ICE, a agência de Imigração e Fiscalização Alfandegária.
“Havia muitas razões para eu não me apresentar nos Estados Unidos, e nenhuma delas era por ódio; eu cantei lá muitas vezes. Todos os shows foram bem-sucedidos, magníficos”, disse ele em uma entrevista à revista i-D.
“O problema foi que poderia haver um maldito ICE do lado de fora (do meu show). E isso foi algo sobre o qual conversamos muito e estávamos bastante preocupados.”
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O endurecimento das políticas de imigração do governo Trump e as deportações em massa levaram ao cancelamento de eventos públicos em todos os Estados Unidos em meio a temores de invasões, informou a Bloomberg News.
Diante das perspectivas difíceis, Bad Bunny preferiu apresentar sua residência “No me quiero ir de aquí” em Porto Rico.
“Somos um território não incorporado dos EUA, as pessoas de lá poderiam vir assistir ao show. Os latinos e porto-riquenhos que moram nos Estados Unidos também podem viajar para cá ou para qualquer lugar do mundo”, disse.
A série de 30 concertos começou em julho no Coliseo de Puerto Rico e se tornou um sucesso cultural e financeiro. Estimativas da agência de promoção do turismo da ilha indicam que ela gerará US$ 181 milhões para a economia local.
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O ator John Hamm, o diretor Darren Aronofsky, a cantora mexicana Belinda, Ricky Martin, o cantor colombiano Sebastián Yatra e até mesmo o jogador de basquete LeBron James foram vistos nas apresentações.
Após o término da residência, Bad Bunny embarcará em sua turnê mundial “Debí tirar más fotos”, que começa em 21 de novembro na República Dominicana e terá mais de 50 shows até julho de 2026. Até o momento, nenhuma cidade dos EUA está listada no site oficial da turnê.
