Bloomberg — O crescimento econômico do Brasil aumentou no início de 2025, impulsionado por colheitas abundantes nos campos e pelo consumo das famílias, o que, por outro lado, complica a luta do país contra a inflação.
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,4% no período de janeiro a março em comparação com o quarto trimestre, um pouco abaixo da estimativa mediana de 1,5% dos analistas consultados pela Bloomberg.
A economia cresceu 2,9% em relação ao ano anterior, de acordo com dados oficiais divulgados na sexta-feira (30).
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O crescimento se deveu, em grande parte, às colheitas abundantes de soja e milho, bem como a um aumento nos gastos das famílias, que está sendo alimentado pelo forte mercado de trabalho.
Os aumentos de mais de quatro pontos percentuais nas taxas de juros desde setembro não conseguiram, até o momento, reduzir significativamente a demanda, o que frustra as expectativas de qualquer alívio imediato na política monetária restritiva.
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A economia brasileira já se expandiu por 15 trimestres consecutivos, a mais longa sequência de crescimento desde 1996, quando a agência nacional de estatísticas, o IBGE, começou a usar seu indicador atual.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem repetidamente elogiado a força da economia. Apesar disso, seu índice de aprovação parece ter sido atingido por escândalos de corrupção no governo, como no INSS.
-- Com a colaboração de Robert Jameson e Giovanna Serafim.
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