A nova receita global das calçadistas

Também no Breakfast: Argentina prepara choque de juros; Porto descarta redução de preços de seguros; Petrobras confirma revisão da paridade de preços internacionais

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Bloomberg Línea — Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças. Bom dia e ótima leitura!

Conquistar o mercado internacional tem sido um objetivo estratégico das maiores empresas calçadistas do país, não importa o posicionamento. Resultados preliminares já influenciam os preços das ações, segundo analistas, diante da relevância da diversificação geográfica.

A ação da Grendene acumula valorização de 10% neste ano versus perda de 1% do Ibovespa no período. O papel da Alpargatas cai mais de 40%, e o da Arezzo, 13%.

Analistas listam motivos para o desempenho mais recente acima de seus pares do grupo calçadista do Rio Grande do Sul, dono de marcas tradicionais como Melissa, Ipanema e Rider: ausência de endividamento, aumento de margem bruta, redução de custos, incentivos fiscais e uma expansão até aqui avaliada como bem-sucedida no mercado internacional, hoje dominado pela China.

Para crescer no mercado externo, a Grendene aposta na GGB (Grendene Global Brands), uma JV (joint venture) formalizada em 2021 com a 3G Radar. A gestora é associada à 3G Capital, empresa de investimentos do trio de bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles, Carlos Alberto Sicupira, principais acionistas da Americanas, em recuperação judicial desde janeiro.

Uma das estratégias no exterior tem sido se associar a influencers, como a atriz e cantora Zhao Lusi, conhecida como Rosy, embaixadora global da Melissa, marca da Grendene.

Leia mais: Grendene avança no exterior com receita que vai da 3G de Lemann a influencers

No Radar

A semana abre com as incertezas ainda presentes em torno do pagamento da dívida dos Estados Unidos e o rumo de sua política monetária. Indicadores macroeconômicos e discursos de membros do Federal Reserve (Fed) apontam para a pressão ainda persistente dos preços. Ao mesmo tempo, os operadores acompanham o que resta da temporada de balanços e se preparam para os dados de atividade nos EUA.

💲 Teto em discussão. O presidente Joe Biden deve se reunir amanhã com o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, e outros parlamentares para seguir com as conversas para ampliar o teto da dívida do país e evitar um calote do governo dos EUA. Ele não falou sobre os termos da negociação, mas disse acreditar que um acordo pode ser alcançado. A secretária do Tesouro, Janet Yellen, alertou que o departamento pode ficar sem dinheiro a partir de 1º de junho.

👑 Aquisição de peso. A Newmont fechou um acordo de US$ 19,2 bilhões para adquirir sua rival australiana Newcrest e dominar a mineração de ouro. Trata-se do maior negócio do setor de mineração de ouro até o momento e consolida a posição da maior produtora mundial de ouro, com minas nas Américas, África, Austrália e Papua Nova Guiné.

↕️ Expansão x Controle. O banco central da China ampliou a oferta de liquidez pelo sexto mês consecutivo, com linhas de crédito de US$18 bilhões. Também manteve inalterada a taxa de 2,75% ao ano pelo nono mês seguido, como forma de estimular a economia, que continua dando sinais erráticos de recuperação. Já na Europa, a pesquisa mais recente da Bloomberg feita com investidores entre os dias 5 e 11 de maio indica que o Banco Central Europeu (BCE) manterá os juros em seu pico por mais tempo do que se pensava, pelo menos até o segundo trimestre de 2024.

Leia a nota completa na seção de Mercados

🟢 As bolsas na sexta-feira (12/05): Dow Jones Industrials (-0,03%), S&P 500 (-0,16%), Nasdaq Composite (-0,35%), Stoxx 600 (+0,40%), Ibovespa (+0,19%)

A perspectiva de inflação resiliente, o risco de default e o aumento da percepção de que pode haver mais um aumento de juros nos EUA levou a mais um fechamento negativo em Wall Street.

Saiba mais sobre o vaivém dos Mercados e se inscreva no After Hours, a newsletter vespertina da Bloomberg Línea com o resumo do fechamento dos mercados

Agenda

Esta é a agenda prevista para hoje:

• EUA: Índice Empire State de Atividade Industrial/Mai, Fluxo Líquido de Capital/Mar)

• Europa: Zona do Euro (Produção Industrial/Mar, Projeções Econômicas, Total de Ativos de Reserva/Abr, Encontro do Eurogrupo); Alemanha (Índice de Preços por Atacado/Abr)

• Ásia: China (Produção Industrial/Abr, Vendas no Varejo/Abr, Taxa de Desemprego/Abr, Investimento em Ativos Fixos/Abr, Investimento Estrangeiro Direto); Japão (IPP)

• Bancos centrais: Discursos de Discurso de Neel Kashkari, Lisa Cook e Raphael Bostic (Fed), Huw Pill(BoE), Joachim Nagel (Bundesbank)

• Balanços: Bridgestone, Sumitomo Mitsui, Mitsubishi, Siemens Energy, Porsche, Banco do Brasil, Nubank, XP

🗓️ Os eventos de destaque na semana →

Destaques da Bloomberg Línea:

Com inflação de 109%, Argentina prepara novo pacote e choque de juros

Investidor estrangeiro tem apetite por bons ativos do país, diz CEO da Cimed

Conheça o empresário venezuelano que fez fortuna com imóveis de luxo na Espanha

E mais na versão e-mail do Breakfast:

• Também é importante: Porto descarta seguro mais barato e revê aposta em carro por assinatura, diz CEO | Petrobras vai rever política de preços nesta semana após gasolina subir 12% no ano | O que explica a relativa calma dos mercados diante do risco de calote dos EUA?

• Opinião Bloomberg: Nova CEO do Twitter será capaz de reverter a situação delicada da rede social?

• Para não ficar de fora: Vendas de Ferrari são retomadas na Venezuela apesar da pobreza e da hiperinflação

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