NBA ganha mais fãs fora dos EUA e acelera expansão com lojas no exterior

Liga americana de basquete já conta com 37 lojas em 12 países, incluindo o Brasil, onde tem a terceira maior do mundo e abre a NBA House para as finais em junho

NBA
Por Kim Bhasin
10 de Maio, 2023 | 02:47 PM

Bloomberg — A National Basketball Association (NBA) quer abrir mais lojas em mercados ao redor do mundo, como parte de sua estratégia para expandir a presença no exterior.

A liga americana profissional de basquete abriu novas unidades no ano passado em Paris, Berlim, Melbourne, Joanesburgo e Abu Dhabi, que vendem produtos licenciados, como camisas, camisetas e bonés. Existem agora 37 lojas em 12 países.

Um desses países é o Brasil, onde a NBA tem desde outubro de 2021 a maior loja da América Latina e a terceira maior do mundo no Shopping Morumbi Town, em São Paulo, com 1.500 metros quadrados.

Outra iniciativa será a abertura mais uma vez da NBA House, no estacionamento do Shopping Eldorado, em São Paulo, uma espécie de arena temporária para os fãs assistirem às finais da temporada - neste ano, as equipes estão atualmente na fase de disputa das semifinais de cada conferência.

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“Foram 12 meses muito ocupados”, disse Rob Millman, chefe de merchandising internacional e atrações da NBA, em entrevista. “Nosso plano é estimular os mercados que estão menos desenvolvidos.”

O crescimento internacional é uma prioridade de Adam Silver, comissário (cargo equivalente a presidente) da NBA desde 2014, quando sucedeu o lendário David Stern, que ajudou a transformar a NBA em uma marca global em uma era de ídolos como Magic Johnson, Larry Bird e Michael Jordan.

A liga abriu academias de basquete para treinar jovens jogadores e negociou acordos com governos para construir quadras e instalações em uma tentativa de expandir a popularidade do esporte.

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A NBA também iniciou uma liga profissional na África, em conjunto com a Federação Internacional de Basquete (Fiba).

Na quadra, os jogadores internacionais causam mais impacto do que nunca na NBA. Desde a temporada de 2017-2018, nenhum jogador nascido nos Estados Unidos foi vencedor do prêmio Most Valuable Player (MVP) da temporada regular, que antecede os playoffs.

A expansão internacional tornou-se fundamental para o futuro da NBA, uma vez que a liga tenta atrair consumidores que talvez nunca tenham a chance de assistir a um jogo ao vivo nos Estados Unidos ou no Canadá, os dois países que abrigam todas as franquias.

Isso não os impede de acompanhar o basquete: a maioria dos visitantes do aplicativo da NBA já vem de fora da América do Norte.

Incursão no varejo

A primeira incursão da NBA no varejo não foi sua loja chamativa na Quinta Avenida em Nova York, inaugurada em 1998, quando Michael Jordan venceu seu campeonato final com o Chicago Bulls. Na década de 1980, a liga tentou vender produtos licenciados na Ásia. Os esforços quebraram, com os executivos dizendo que não haviam conduzido a devida diligência em seu parceiro de negócios.

Os produtos vendidos no exterior agora representam cerca de 30% do total de negócios de merchandising da liga. A liga se recusou a compartilhar quanto de sua receita anual de US$ 10 bilhões vem desses produtos.

A NBA opera suas próprias lojas e também trabalha com uma rede de parceiros de varejo, incluindo grandes redes de varejo como GO Sport na França, Xebio no Japão, El Corte Inglés na Espanha, a Centauro, do Grupo SBF (SBFG3), no Brasil, e a JD Sports na Europa.

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A liga também está ampliando o uso de atrações, como o NBA Courtside Restaurant, inaugurado em Toronto, e o NBA Park, em Gramado, no Brasil, um complexo de entretenimento de três andares que inclui quadra, restaurante e loja. Esses destinos geralmente incluem algum tipo de componente de merchandising.

A inauguração mais recente da loja foi na semana passada em um shopping em Manila, nas Filipinas. Millman disse que a liga não tem um número exato de lojas que visa, mas os executivos estão procurando aumentar os negócios agressivamente em certos mercados. Isso inclui o México, e ele disse que a liga está trabalhando para “recuperar o atraso” na América Latina.

“Muito disso tem que ser fluido”, disse Millman sobre os planos da liga. “Talvez sejam 50, talvez sejam 100.”

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- Com informações da Bloomberg Línea.

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