Bloomberg — Minas Gerais, o estado com algumas das maiores reservas de minério de ferro do mundo, quer atrair investidores para suas jazidas de lítio, em meio a uma corrida para suprir a crescente demanda pela matéria-prima fundamental na produção de baterias para veículos elétricos.
Minas está de braços abertos para “investidores de todo o mundo” no Vale do Jequitinhonha, apelidado de vale do lítio, disse o governador Romeu Zema em entrevista à Bloomberg News.
Autoridades estaduais e o ministro de Minas e Energia, Alexandres Silveira, se reunirão com investidores, executivos de bancos e operadores de mercado durante um roadshow na Nasdaq, em Nova York, na terça-feira (9).
Uma reunião com executivos da gigante chinesa de carros elétricos BYD também estará na agenda, de acordo com o governo do estado.
Os esforços no Brasil se concentram em promover projetos da iniciativa privada, enquanto o Chile está transformando seu modelo de extração e produção de lítio para dar participação majoritária ao governo em novos contratos.
Empresas e governos de todo o mundo também buscam construir cadeias regionais de fornecimento de baterias para carros elétricos e desafiar o domínio da China neste setor.
“Queremos exportar lítio processado, pronto para ser usado em baterias”, disse Zema, acrescentando que o estado pretende construir um polo industrial que agregue valor aos seus recursos minerais. “A analogia é vender aço, não minério de ferro.”
Empresário e novato político apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, Zema também prometeu fornecer infraestrutura, energia e mão-de-obra para o setor privado.
O Brasil foi o quinto maior produtor mundial de lítio em 2022, segundo o Serviço Geológico dos EUA. O Vale do Jequitinhonha já atraiu exploradores, como Sigma Lithium e Atlas Lithium.
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