Mercados iniciam em baixa semana repleta de indicadores e balanços importantes

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Barcelona, Espanha — Os mercados adotam cautela ao iniciar uma semana chave para as expectativas em relação ao juro dos Estados Unidos, com indicadores importantes nos EUA e na Europa, além de balanços das gigantes de tecnologia.

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Os futuros de índices dos Estados Unidos recuavam, assim como as bolsas europeias, onde as empresas de energia lideravam a queda em meio ao recuo do preço do petróleo. Entre as bolsas asiáticas, o sinal negativo também prevaleceu no fechamento, embora o Nikkei tenha encerrado com ligeira alta.

No mercado de dívida, o prêmio do título norte-americano para 10 anos recuava para 3,544% às 6h49 (horário de Brasília). O dólar se depreciava ante outras divisas, enquanto o euro e a libra se apreciavam. O bitcoin cedia e a cotação do ouro subia. O contrato de petróleo WTI recuava 0,23%, cotado ao redor de US$ 77.

→ O que move os mercados hoje

📆 Agenda de peso. Os investidores esperam pelo PIB dos EUA e pelo núcleo do deflator do PCE, índice de preços de despesas pessoais que exclui alimentos e energia. Para ambos é esperada uma desaceleração. No caso dos balanços, os analistas olharão possíveis efeitos do aperto de crédito gerado pelo recente estresse bancário. Além do UBS, Microsoft, Google, Meta e Amazon divulgarão resultados.

💸 Saques pesados. O Credit Suisse Group registrou o equivalente a US$ 69 bilhões em retiradas no primeiro trimestre. Se espera uma perda substancial na gestão de patrimônio para este ano, o que mostra o desafio que o UBS terá para reter clientes e ativos importantes após a aquisição emergencial.

🛒 Proposta ao Casino. O Casino informou que está analisando uma proposta do investidor tcheco Daniel Kretinsky de investir €750 milhões em um aumento de capital na rede francesa de supermercados, que lida com forte endividamento. De acordo com sua proposta, a empresa de investimentos Fimalac, outro acionista do Casino, poderia investir até €150 milhões e os acionistas existentes receberiam até €200 milhões, segundo comunicado.

💲 Dívida dos EUA. O presidente da Câmara dos Estados Unidos disse que espera aprovar o aumento de US$ 1,5 trilhão do teto da dívida nesta semana. O projeto inclui um pacote de medidas conservadoras, incluindo o fim de incentivos para energia limpa. O plano foi classificado pelo presidente Joe Biden de “maluco” e fontes consultadas pela Bloomberg afirmam que não há votos suficientes para aprovação.

⬆️ Bitcoin a US$ 50 mil? A moeda digital, que já subiu 67% neste ano e gira ao redor de US$ 30 mil, poderia tocar os US$ 50 mil no próximo ano. Conforme a Bloomberg Intelligence e Matrixport, uma redução pela metade da quantidade de tokens que os mineradores de bitcoin recebem como recompensa por seu trabalho teria, o chamado halving, agendado para abril de 2024, pode gerar uma valorização de ao menos 81% da divisa.

⛩️ Sem giro no BoJ. Dentre os eventos mais esperados desta semana está a primeira decisão do Banco do Japão (BoJ) sob o comando de Kazuo Ueda, que procurou afastar as especulações sobre um giro na política monetária expansiva do país. “Nossa posição é continuar com o estímulo monetário”, disse no parlamento, ao afirmar que a inflação deve ir abaixo de 2% até março de 2024.

🔛 Adani se move. Os títulos do Adani Group subiram após uma de suas empresas, a Adani Ports, iniciar a primeira recompra de títulos de dívida feita após o conglomerado ser alvo de denúncia pelo Hindenburg Research, em janeiro. O Grupo espera, com isso, melhorar o sentimento do mercado.

💡 Philips em alta. As ações da Royal Philips NV chegaram a subir 11% em Amsterdã após a empresa informar lucro de €359 milhões no primeiro trimestre, acima da estimativa média de €212 milhões. Isso aliviou as preocupações com o recall de um dispositivo que já levou a empresa a reservar €1 bilhão para indenizar pacientes.

🟢 As bolsas na sexta-feira (21/04): Dow Jones Industrials (+0,07%), S&P 500 (+0,09%), Nasdaq Composite (+0,11%), Stoxx 600 (+0,34%), Ibovespa (Feriado)

Os investidores levaram em conta balanços mistos e dados macro, como a atividade econômica dos EUA medida pelo PMI, que se expandiu em março para o maior nível em 11 meses. Um relatório mostrou taxas de desemprego com recorde de baixa em dezoito estados. Os indicadores reduziram os temores de recessão, embora também possam justificar um aperto monetário maior.

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