Bloomberg Línea — Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças. Bom dia e ótima leitura!
O Google vem pregando há anos que o futuro está na inteligência artificial (IA) conversacional. O futuro chegou, mas quem saiu à frente foi a OpenAI, com o ChatGPT, que tem ocupado as manchetes desde seu lançamento no final de 2022 e receberá da Microsoft um poderoso investimento de US$ 10 bilhões.
Para vários especialistas, o Google aguarda o momento certo para agir na área de chatbots. Deixará o novo concorrente “morder a isca” e enfrentar todos os questionamentos éticos, regulatórios e técnicos que uma tecnologia disruptiva pode gerar para, depois, sair com um produto melhorado. A percepção geral é que o Google não perdeu (ainda) seu “timing”, embora não possa demorar muito, sob o risco de ficar para trás.
Uma das questões-chave é como a empresa reformulará seu modelo de negócios, especialmente no que diz respeito à sua ferramenta de busca. Seria muito caro para o Google “canibalizar” uma tecnologia que lhe deu liderança absoluta neste mercado - quase 84% de participação, contra menos de 9% para a Bing/Microsoft.
Por que não saiu antes com sua ferramenta de IA conversacional? Qual será a reinvenção do Google e quanto pode esperar? A Bloomberg Línea conversou com especialistas para encontrar respostas a estas perguntas.
⇒ Leia a matéria completa para saber como fica o Google na corrida da inteligência artificial

No Radar
Dia de veredito do Federal Reserve (Fed). Os investidores saberão se o banco central confirma suas expectativas de moderação na alta do custo do dinheiro. Começará a preparar seu plano de saída? O mercado aguarda um aumento de juros da ordem de 0,25 ponto percentual, para um intervalo de 4,50% a 4,75%. Esta seria uma mudança de curso frente ao 0,50 ponto percentual aplicado em dezembro, que sucedeu quatro aumentos maiores, de 0,75 ponto, no ano passado.
🎲 Começam as apostas. É consenso que o Fed optará por suavizar sua política monetária, devido ao esfriamento da inflação e à perda de tração de alguns indicadores macroeconômicos. Mas o mercado ainda tem muitas perguntas sem respostas. Até quando continuará subindo os juros? Qual o nível aceitável para manter o equilíbrio entre controle da inflação x crescimento econômico? Em que condições - e quando - começará a baixar as taxas? Muitos analistas estimam que o Fed considera como teto a taxa de 5% - a partir daí, poderia iniciar um ciclo de baixa.
👁️ De olho na macro. Há muitas referências macroeconômicas na agenda de hoje. Nos EUA, o prato principal são os dados sobre emprego. Indicadores PMI industriais e a inflação ao consumidor na Europa completarão o panorama e serão monitorados de perto, sobretudo porque amanhã o Banco Central Europeu (BCE) profere sua decisão sobre juros - se espera um aumento maior do que o aplicado pelo Fed, de 0,5 ponto percentual.
🇧🇷 No Brasil... O Banco Central decide o patamar da primeira taxa de juros sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A expectativa unânime dos analistas é de que a Selic seja mantida em 13,75% ao ano.

🟢 As bolsas ontem (31/01): Dow Jones Industrials (+1,09%), S&P 500 (+1,46%), Nasdaq Composite (+1,67%), Stoxx 600 (-0,26%), Ibovespa (+1,03%)
A expectativa de que o Fed deixe de aumentar as taxas de juros a partir de março levou as bolsas norte-americanas a fecharem com alta significativa. O Nasdaq Composite registrou o seu melhor mês desde julho e o melhor começo de ano desde 2001.
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Agenda
Esta é a agenda prevista para hoje:
• PMIs Industriais: EUA, Zona do Euro, Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Espanha, México
• Bancos centrais: Reuniões de Política Monetária do FOMC-Fed e do Banco Central do Brasil
• EUA: Empregos ADP/Jan, Ofertas de Empregos JOLTs, Pedidos de Hipotecas, Índice ISM do Setor Manufatureiro/Jan, Reunião OPEP
• Europa: Zona do Euro (IPC/Jan, Taxa de Desemprego/Dez); Itália (IPC/Jan)
• Ásia: Japão (Base Monetária)
• América Latina: Brasil (IPP/Dez, Balança Comercial)
• Balanços: Meta Platforms, Peloton Interactive, Novartis, BBVA
📌 Para a semana:
• Quinta-feira: Banco centrais (Decisão sobre Juros do BoE e do BCE. EUA (Pedidos de Iniciais de Seguro Desemprego, Demissões Anunciadas Challenger/Jan, Pedidos de Bens Duráveis/Dez, Encomendas à Indústria/Dez); China (PMI de Serviços Caixin/Jan); Japão (PMI Serviços); Brasil (IPC-Fipe/Jan). Balanços: Alphabet, Apple, Amazon, Qualcomm, Eli Lilly, Roche, Merck, Sheel, Deutsche Bank e Santander
• Sexta-feira: PMI Global Composto e de Serviços; EUA (Relatório de Emprego-Payroll/Dez, Taxa de Desemprego/Jan, ISM Não-Manufatureiro); Zona do Euro (IPP/Dez); Brasil (Produção Industrial/Dez); Bancos centrais (Discurso de Huw Pill-BoE, Frank Elderson (BCE). Balanço: Sanofi
Destaques da Bloomberg Línea:
• Lula cria ‘ruído desnecessário’ ao criticar autonomia do BC, diz Meirelles
• Americanas: demissão é questão de tempo após corte de terceirizados, diz analista
• Novo CEO da Unilever chegará pressionado por investidor ativista e legado ESG
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