Cielo: UBS BB recomenda compra após a queda recente; entenda o que mudou

Desde o pico do ano, em 19 de outubro, os papéis da companhia caem 26,3% na bolsa; no ano, contudo, o desempenho é positivo em 96,8%

UBS BB avalia que a empresa está mais bem posicionada para manter sua posição de liderança no setor de adquirência
12 de Dezembro, 2022 | 03:18 PM

Bloomberg Línea — O UBS BB divulgou relatório nesta segunda-feira (12) em que eleva a recomendação de Cielo (CIEL3) de neutra para compra em meio à melhora dos resultados operacionais, como controle de gastos e volume total de pagamentos, além de um valuation atrativo.

“Embora reconheçamos que a ação teve um bom desempenho no acumulado do ano (impulsionado, principalmente, pela conclusão de sua agenda de desinvestimentos e estratégia de reprecificação), acreditamos que a queda recente combinada com boas perspectivas de crescimento fornece um bom ponto de entrada”, escreve a equipe de análise liderada por Kaio Prato.

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Desde o pico do ano, em 19 de outubro, o papel caiu 26,3% até sexta-feira (9). No ano, contudo, o desempenho é positivo em 96,8%. Nesta segunda (12), os papéis avançavam 3,2% por volta das 14h30 (horário de Brasília).

O banco avalia que as ações da companhia estão sendo negociadas 35% abaixo de sua média histórica, quando analisada a relação preço sobre lucro (P/E) e estima um preço-alvo de R$ 7 para os papéis para os próximos 12 meses, o que implica potencial de alta de 60,92% em relação ao fechamento de sexta-feira (9).

“Após anos de perdas de market share, a Cielo está mais bem posicionada para manter sua posição de liderança no setor de adquirência, sustentada por sua exposição a grandes contas (com bons níveis de serviço) e também pela recente expansão comercial para o segmento SMB [de pequenos e médios negócios, na sigla em inglês]”, avalia Prato.

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O UBS BB destaca a mudança na regulamentação sobre tarifas de intercâmbio de cartões, promovida pelo Banco Central, e que deverá entrar em vigor em 1º de abril de 2023. A avaliação é de que a Cielo deverá se beneficiar, já que o MDR (ou a taxa do cartão) de débito deverá crescer, segundo os analistas.

Daqui para frente, o time diz acreditar em uma expansão adicional de ganhos e das margens, que deve ser impulsionada principalmente pela expansão adicional do rendimento do cartão, de ganhos contínuos de eficiência, bem como da maior penetração de produtos de pré-pagamento.

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Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.